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| Florença |
Antonio Maria Gaspare Sacchini ( Florença , 14 de de Jjnho de 1730 - Paris , 6 de outubro de 1786 ) foi um compositor italiano que pertenceu à escola napolitana da música, mas particularmente ativo em Londres e Paris.
Filho de um humilde cozinheiro do séquito do infante Don Carlos, o florentino Gaetano Sacchini mudou-se com ele para Nápoles, quando seu filho mais velho, Antonio Maria Gasparo Gioacchino estava com quatro anos.
Notado por Francesco Durante por suas qualidades musicais inatas, quando tinha a idade de dez anos, foi admitido no Conservatório de Santa Maria di Loreto. Aqui, além de aprender teclado e omposisção com Durante e com seu assistente Pietrantonio Gallo, harmonia e contraponto, e em seguida, a arte da composição, Sacchini também aprendeu a tocar muito bem violino sob a direção de Nicola Fiorenza, e estudou canto sob a orientação de Gennaro Manna.
Francesco Durante o estimava muito e profetizava que o pequeno Sacchini seria o compositor do século. De fato, o intermezzo da formatura de Sacchini, Fra Donato (1756) correu as salas pequenas de Nápoles e da província, depois de ser cantado no auditório de S.Maria.
Após a morte de seu mestre em 1755, no ano seguinte, ele foi convidado para se tornar " mastriciello " (professor) e teve a oportunidade de compor a sua primeira ópera, um interlúdio em duas partes intitulado Fra Donato, que foi executado com muito sucesso pelos alunos da escola. O favor com que foram recebidas estas representações abriram o teatro de rua das crianças e a ópera em dialeto em particular recebeu um grande sucesso no Teatro dei Fiorentini com a ópera buffa Olimpia tradita ( 1758 ), que foi o trampolim para o S. Carlo, onde ele desembarcou em 1761 com sua primeira ópera séria, Andrômaca.
Nesse meio tempo, fez uma carreira no Conservatório, onde inicialmente começou o trabalho não remunerado, ao lado do primeiro professor, Gennaro Manna, e o "segundo mestre," Pierantonio Gallo. Quando, em 1761, pouco antes da execução da Andrômaca , Manna se aposentou, abrindo vaga e caminnho para Sacchini ser promovido a "segundo mestre". Nesse mesmo mês, tinha subido à cena Andrômaca, a primeira de suas óperas sérias aceita pelo San Carlos e seguiram-se algumas comédias.
Em 1762 uma autorização lhe foi concedida pelo Conservatório que lhe permitiu viajar para Veneza para apresentar Alexandre Severo, em libreto pelo Apostolo Zeno, no Teatro San Benedetto, e uma outra de Metastasio, Alessandro nas Índias, e no ano seguinte, no Teatro San Salvatore.
Um sucesso a nível das terras italianas que ele recolheu com o seu trabalho, mais tarde, como a Olimpiade, em Pádua ( Teatro Nuovo, 1763 ), Eumenes em Florença ( La Pergola , 1764 ), Semiramide riconosciuta em Roma ( Argentina , 1764) e Lucio Vero a Nápoles (S. Carlo, 1764), permitiu-lhe renunciar o Conservatório de Santa Maria di Loreto. Ficar preso a Santa Maria de Loreto já não lhe ionteressava mais e aí foi instalar-se em Roma, aventurando-se na penosa carreira de compositor independente. Decisão acertada, como o demonstraram as óperas que passaram a surgir, reutilizando inclusive antigos libretos barrocos.
Sacchini dedicou-se durante alguns anos a compor óperas cômicas para o Teatro Valle, que estendeu sua fama por toda a Europa. Posteriormente, em 1768 , o músico se mudou para Veneza, tendo aceitado o cargo de Diretor del Conservatorio dell'Ospedale dei Poveri Derelitti (Ospedaletto), que lhe foi oferecido por seu antecessor, Tommaso Traetta, seu amigo e companheiro de estudos do período napolitano, que tinha decidido mudar-se para a corte de São Petersburgo.
Nesta posição, se fez rapidamente um nome como professor de canto (que tem entre seus alunos, Nancy Storace, e Adriana Gabrielli, que passou para a história como Adriana Ferrarese del Bene, criadora do personagem mozartiano di Fiordiligi e, apesar de não interromper suas atividades como compositor de ópera, ele também se dedicou, de acordo com o contrato, à composição de peças religiosas ( oratórios , missas , hinos , motetos ) para o Conservatório e várias igrejas venezianas.
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| Nancy Storace |
Em 1772 Sacchini se mudou para Londres, acompanhado por um dos melhores castrati ,para em seguida, ativar no cenário europeu, bem como protegido pelo aluno de Gluck , Joseph Millico , e, uma vez que as primeiras duas novas obras dadas no King's Theatre no início de 1773 , The Cid (janeiro) e Tamerlane (maio), ele foi capaz de conseguir, de acordo com Burney, os "corações" do público de Londres, de uma forma tão profunda, a ponto de não deixar espaço para Traetta.
Mas, a vida dissoluta de Sacchini lhe trouxe muitos inimigos, como o tenor Rauzzini, seu antigo amigo, que chegou a reivindicar a autoria de várias árias de suas óperas e o fez contrair pesadas dívidas, que o deixaram à beira da ruina. Confrontado com o risco de ser mandado para Old Bailey (Tribunal Central Criminal ) por seus credores, cada vez mais impacientes, chegou à conclusão, em 1781, que chegara a hora de conhecer Paris.
Em plena querela dos progressitas adeptos de Gluck, partidários da ópera reformada, contra os conservadores piccinnistas, Sacchini foi visto como um reforço à ala dos defensores da música mediterrânea. Eles o levaram a Versailles, no outono de 1781, e o apresentaram a Maria Antonieta, que recebia no momento a visita do irmão, o imperador José II, grande admirador da ópera italiana. Ele se entusiasmou com a música de Sacchini e recomendou-o à proteção da soberana. Então, Maria Antonieta decidida em mantê-lo na França, ordena aos diretores do Ópera que aceitassem a sua exigência de dez mil francos para cada ópera que encenasse.
Desde daí, Sacchini em Paris é cercado de intrigas e má-vontade. de um lado, os do lado de Gluck faziam campanha contra ele e do outro lado, os descontentes com a ordem que receberam aumentava a hostilidade contra ele, espalhando que era o protegido de Maria Antonieta, que favorecia os estrangeiros em detrimento da prata da casa.
A estreia de Renaud, uma revisão de Armida, não foi bem recebida, pois havia na partitura sinais evidentes que Sachini era adepto das idéias de Gluck, o que enfureceu o grupo piccinnistas e, por outro lado, os gluclistas acharam a ópera fria, convencional e sem originalidade.
Em 8 de junho de 1779 por fim, também Sacchini cruza, pela primeira vez, o limiar do L'Opera , com uma reiteração, no quadro da segunda fase da "Querelle des bouffons" , o dramma giocoso de " L'amore soldato", apresentado pela primeira vez na Inglaterra no ano anterior, e agora colocado o projeto como intermède em três atos. A proteção soberana abriu o caminho para Sacchini no L' Opéra e, em outubro, o compositor foi capaz de concluir um contrato com Académie Royale de Musique para a representação de três de seus novos trabalhos
O segundo trabalho produzido por Sacchini para cenas parisienses também retomou, no entanto, mais diretamente, um assunto já abrangido pelo músico em duas ocasiões anteriores, a história do Cid Campeador, e entrou em uma cena de tribunal, com o título de Chimene, no outono do mesmo ano, 1883, em uma atmosfera de competição direta com Piccinni.
A ópera Didon tinha sido apresentada na corte, um mês antes, e foi saudada como uma obra-prima, beneficiando duas outras representações. Chimene , de Sacchini em comparação, não se mexeu, e foi dada apenas uma vez, mas ambos os compositores foram apresentados ao rei e este concedeu aos dois compositores uma generosa pensão.
A chegada de Sacchini em Paris havia sido defendida pelo próprio Piccinni que tinha originalmente visto nele um aliado natural, a ausência continuada de Gluck, as parcelas dos inimigos de Piccinni fora do campo, mas as suscetibilidades de Sacchini e a falta de dinheiro acabaram colocando-o inevitavelmente a competir até com os italianos em uma espécie de terceira música, com vista para a cena parisiense: "sacchinistas", espécie de Gluckistas moderados. Com sua indecisão e fraqueza, Sacchini veio a esta briga apenas para ir contra a um e a outro partido sem ser capaz de ser ajudado por nenhum dos dois.
Uma vez que ambas as suas primeiras obras parisienses foram elogiadas por sua afabilidade de molde italiano, mas também criticada por uma certa fraqueza dramática, resultando também do estilo italiano, com obras posteriores, inteiramente novas para ele, como a ambos do tema da música, Sacchini cria obras que integralmente atendidas as características estilísticas do drama musical francês.
Dardanus, cujo libreto foi em grande parte atribuído a Jean-Philippe Rameau, por altos e baixos e duas edições viu a luz no primeiro ano de representações e a próxima encenação de Oedipe à Colone teve consequências bem mais dramáticas sobre a vida do compositor.
Sacchini tinha terminado sua bela nova pontuação em novembro de 1785 e a entusiasta Marie Antoinette insistiu que fosse dada ao tribunal em 4 de janeiro, 1786 , como a abertura do novo teatro do Palácio de Versailles. Talvez por causa das dificuldades de preparação, a ópera teve pouco sucesso, mas o destino do músico fez que lhe fosse negado a satisfação de ver as outras no mesmo tribunal.
Sacchini confiava na promessa da rainha de que seria dele a honra de inaugurar uma ópera em Fontainebleau, quando a família real para lá se transferisse em sua estada anual nesse palácio. Mas as críticas crescentes ao favoritismo de que desfrutava, deixaram Maria Antonieta numa situação penosa e ela foi obrigada a dar preferência à Phèdre de Jean-Baptiste Lemoine.
A hostilidade com que a sua ópera Edipo en Colona foi recebida, no Teatro de Versailles, em 4 de janeiro de 1786, apressou a morte de Sacchini. De fato, ele morreu nove meses depois, deixando Arvire e Eveline incompleta, para a estreia póstuma.
Depois de sua morte, a ópera Edipo en Colona foi reprisada, 1787, aclamada como uma obra-prima e inscrita como obra regular no repertório do Opéra. E na verdade é incontestavelmente a obra-prima de Sacchini e ele próprio sabia disso. A ópera é uma síntese do estilo melódico italiano com as propostas inovadoras de Gluck, dentro de uma moldura dramática semelhante da tragédie lyrique francesa.
O verdadeiro significado do trabalho de Sacchini é hoje, esteticamente, difícil de determinar, embora a importância histórica seja óbvia de sua figura e de sua obra, sem dúvida. No auge do seu trabalho em Paris, Sacchini tinha alcançado uma síntese admirável de estilo melódico italiano e princípios gluckianistas dentro dos elementos estilísticos tradicionais da ópera francesa, destinados a se tornar de uso comum no próximo século ...
Melodramas
Fra Donato (Napoli, 1756) - intermezzo
Il giocatore (Napoli, 1757) - intermezzo
Olimpia tradita (Napoli, 1758) - commedia[41]
Il copista burlato (Napoli, 1759) - commedia
La vendemmia (Roma, 1760) - intermezzo
I due fratelli beffati (Napoli, 1760) - commedia
Il testaccio (Roma, 1760) - opera buffa
La finta contessa (Roma, 1761) - farsetta
Andromaca (Napoli, 1761) - opera seria
Li due bari (Napoli, 1762) - opera buffa
L'amore in campo (Roma, 1762) - dramma giocoso
Alessandro Severo (Venezia, 1763) - opera seria
Alessandro nell'Indie (Venezia, 1763) - opera seria
Olimpiade (Padova, 1763) - opera seria (ripresa a Parigi nel 1777 come pasticcio di musiche di Sacchini, con il titolo di L'olympiade, nella traduzione di N.E. Framery)
Semiramide riconosciuta (Roma, 1764) - opera seria
Eumene (Firenze, 1764) - opera seria
Lucio Vero (Napoli, 1764) - opera seria (parzialmente ripresa a Londra nel 1773 come pasticcio)
Il finto pazzo per amore (Roma, 1765) - intermezzo (riprese multiple)
Il Creso (Napoli, 1765) - opera seria (rivista per Londra nel 1774 e, come Euriso, nel 1781)
La contadina in corte (Roma, 1765) - opera buffa (riprese multiple)
L'isola d'amore (Roma, 1766) - dramma giocoso (ripreso a Parigi nel 1775, come pasticcio di musiche di Sacchini e sotto forma di opéra-comique, con il titolo di La colonie, nella traduzione di N.E. Framery (poi anche riversata in tedesco nel 1779); rivista pure per Londra nel 1776)
Le contadine bizzarre (Milano, 1766)[42]
Artaserse (Roma, 1768) - opera seria
Il Cidde (Roma, 1769) - opera seria[43]
Nicoraste (Venezia, 1769) - opera seria
Scipione in Cartagena (Monaco di Baviera, 1770) - opera seria
Calliroe (Ludwigsburg, 1770) - opera seraia
L'eroe cinese (Monaco di Baviera, 1770) - opera seria
Adriano in Siria (Venezia, 1770) - opera seria
Ezio (Napoli, 1771) - opera seria
Armida (Milano e Firenze, 1772) - opera seria (rivista per Londra nel 1780 come Rinaldo)
Vologeso (Parma, 1772) - opera seria
Il Cid (Londra, 1773) - opera seria
Tamerlano (Londra, 1773) - opera seria
Perseo (Londra, 1774) - opera seria
Nitteti (Londra, 1774) - opera seria
Montezuma (Londra, 1775) - opera seria
Didone abbandonata (Londra, 1775) - opera seria[44]
Erifile (Londra, 1778) - opera seria
L'amore soldato (Londra, 1778) - dramma giocoso
L'avaro deluso, o Don Calandrino (Londra, 1778) - dramma giocoso
Enea e Lavinia (Londra, 1779) - opera seria
Mitridate (Londra, 1781) - opera seria
Rosina (Londra, 1783)[45]
Renaud (Parigi, 1783) - opéra (tragédie lyrique)
Chimène (Fontainebleau, 1783) - tragédie (lyrique)
Dardanus (Versailles, 1784) - tragédie (lyrique)
Œdipe à Colone (Versailles, 1786) - tragédie lyrique
Arvire et Évélina (Parigi, 1788) incompiuta, terminata da Jean-Baptiste Rey - tragédie lyrique
Edipo en colone
Dardanus
L'Isole del Amore
L'amore soldato
https://www.youtube.com/watch?v=7W-qRoLgbVc
Levic
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