quarta-feira, 8 de junho de 2011
101- Polônia - séc. XX - Szymanowski
Karol Szymanowski (03.10.1882 – 29.03.1937) foi o compositor polonês mais famoso da primeira metade do século 20 e um dos maiores compositores europeus de seu tempo. A música de Szymanowski, com a marca dominante de sua personalidade, reflete os principais estilos e tendências estéticas da época.
Karol Szymanowski conseguiu criar um valor artístico novo e, em sua obra, homogeneizar a tradição européia e antiga com muitas das referências à cultura árabe. Foi muito ativo ao promover as obras de compositores jovens.
O compositor polonês e cidadão europeu Szymanowski visitou quase todos os países do velho continente, passando ainda pelo norte da África. Em 1912, domiciliou-se em Viena, Áustria. Após a independência da Polônia, em 1918, Szymanowski estreitou suas ligações com a pátria e, com grande intensidade, continou sua atividade nos concertos.
Entre 1927 e 1929, foi reitor do Conservatório de Varsóvia, ocupando o mesmo cargo na Escola Superior da Música, entre 1930 e 1932.
Suas últimas composições incorporaram, cada vez mais, os elementos da música folclórica das regiões polonesas.
Por causa de problemas de saúde , a tuberculose, em 1930, mudou-se para um ‘spa’ nas montanhas Tatry, em Zakopane, no sul da Polônia, domiciliando-se na famosa residência “Atma”. Apesar deste problema, continou um programa intensivo de concertos em toda a Europa.
A doença incomodava cada vez mais Szymanowski, que passava muito tempo em tratamento. Morreu num ‘spa’ em Lousanne, Suíça, em março de 1937.
As obras de Karol Szymanowski somam mais de 100 composições que continuam a ser a inspiração para as novas gerações de músicos em todo o mundo. Suas composições fazem, obrigatoriamente, parte dos repertórios das maiores estrelas mundiais da música.
A ópera “Rei Roger”, cujo libretto foi escrito pelo famoso autor polonês Jaroslaw Iwaszkiewicz, com certeza, destaca-se entre as outras obras de Szymanowski como as do ballet “Harnasie”, “Stabat Mater” e as sinfonias n. 3 e 4. As composições de câmara, para piano e violino, assim como as canções, ocupam um lugar especial na obra de Szymanowski.
Sua ópera mais conhecida é a "Kröl Roger" (O Rei Roger), que é uma ópera em três atos, tendo sua estreia em Varsóvia em 1926 e estando no papel principal a famosa Stanislava Korwin-Szymanowska, irmã do compositor.
Esta é a sua segunda ópera. A primeira- "Hagith "(1912 e estreada em 1922) tem apenas um ato e enredo sombrio, inspirado em Salomé.
A ópera representa também o conflito entre os ideais cristão e pagão. A voz de um misterioso deus faz-se ouvir através de um pastor, que se apresenta ao rei cristão Roger. Todos o rejeitam, exceto a rainha Roxana que, obedecendo aos seus impulsos, dá crédito ao mensageiro. O rei tenta aprisioná-lo, mas fica surpreso diante de um fenômeno.
A música revela uma certa opulência.
Como o compositor viajou muito, desenvolveu um gosto particular pelas coisas do Oriente, que com sua beleza de uma noite enigmática e sublime só pode ter um equivalente europeu na Sicília, região que tanto pertence ao Ocidente como ao Oriente. Daí o compositor manisfestar seu entusiasmo pelas belezas da Sicília, onde se passa a história no século XII, envolvendo elementos gregos, árabes, bizantinos e latinos que formavam a Sicília até o século XII, com homens de diferentes credos.
O Governo da República da Polônia, em homenagem ao seu grande compositor, declarou o ano de 2007 como o “Ano de Karol Szymanowski”, no 125º aniversário de seu nascimento e 70º aniversário de sua morte.
Levic
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