terça-feira, 31 de agosto de 2010

39- Romantismo 5 Ópera Francesa-Halévy,Adam,Lalo,Chabrier



Jacques-François Fromental Elias Halévy (1872-1962) nasceu em Paris, numa família judaica com raízes na Espanha pré-inquisitória. Ele ingressou no conservatório aos 11 anos e tornou-se o aluno favorito do compositor italiano operístico Cherubini.

Ao vencer o prestigioso Prix du Rome em 1819, o jovem pôde viajar à Itália e, mais tarde, à Viena, onde conheceu Beethoven.

Apesar de suas obras atualmente terem sido esquecidas, já foi considerado uma das principais figuras artísticas da França. No decorrer de sua carreira, ele escreveu 40 óperas, abarcando diversos gêneros musicais.

Ao lado de Meyerbeer e Auber, foi um dos compositores mais importantes e bem sucedidos do período da Grand Opéra.

Halévy continuou produzindo óperas de grande sucesso durante o resto de sua vida, incluindo “Charles VI”,” La Reine de Chypre”,” La guittarerro “ e “Jaguarita l’Indienne”. Não obstante, quase nenhuma obra de Halévy conquistou cadeira permanente no repertório operístico internacional.

"La Juive"( A Judia) é uma ópera em cinco atos de Jacques François Halévy. A ação está na cidade de Constança. O Príncipe Leopold, disfarçado, e fingindo ser da fé israelita, procura ganhar o afeto de Rachel, filha de Eleazar, um judeu rico. Entretanto, as coisas se complicam. Desta ópera ouviremos a ária cantada por Placido Domingo "Rachel, quand du Seigneur", que é muito bonita:





A mesma ópera agora na voz de Roberto Alagna.



Halévy gozou de uma vida social ativa e muitas honrarias públicas, incluindo o posto de secretário permanente do Instituto de France. Bizet, o criador de Carmem, foi seu genro. Halévy também era escritor, com livros publicados sobre uma variedade de assuntos. Ele morreu em Nice, aos 63 anos de idade.

Adolphe Charles Adam (1803 - 1856) foi um compositor francês. Estudou e trabalhou em Paris, no Conservatório desta cidade, de 1829 a 1852. Estreou inúmeras óperas cômicas, de que “Le Postillon de Longjumeau” (1836), “Le Toréador” e “Si j' étais rói “(1852) são exemplos. Muita música destinada ao ballet teve sucesso nas mãos deste compositor, inclusive o famoso "Giselle".

"Mes amis, écoutez l'histoire.."da ópera “Le Postillon de Longjumeau”.Ver no link:
http://www.youtube.com/watch?v=wuSEA9npjXg

Nicolai Gedda como "Chapelau" na ópera "Le postillon de Lonjumeau",com a "The Royal Opera of Stockholm"em 1952.


Édouard-Victoire-Antoine Lalo (1823 -1892) foi um compositor francês de ascendência espanhola.

Participou na sua juventude, na atividade musical do conservatório da cidade. Aos 16 anos, estudou no Conservatório de Paris e durante vários anos, trabalhou como professor, em Paris.

Lalo despertou o seu interesse pela ópera que o levou a compor obras para o palco.

Sua ópera "Le Roi d'Ys" tem uma bela ária cantada aqui no vídeo por Florian Laconi.



Morreu em Paris com 69 anos de idade, com várias obras inacabadas.


Alexis Emmanuel Chabrier (1841 -1894) foi um compositor francês da era romântica.Chabrier estudava piano como amador desde os seis anos de idade, e mostrava-se muito habilidoso como compositor, mas seu pai obrigou-o estudar Direito.

A sua vida profissional começou com um cargo no Ministério do Interior em 1862.

Mas em 1879 visitou a Alemanha e ao assistir à ópera Tristão e Isolda, de Richard Wagner, ficou muito impressionado com a obra, e decide se dedicar inteiramente à música, pedindo demissão do ministério em que trabalhava.

No período em que estava trabalhando no ministério, Chabrier compôs suas primeiras óperas:” L'Étoile”, em 1877, e “Une Éducation manquée”, em 1879.

Stéphanie d' Oustrac canta a ária de Lazuli da ópera-bufa L'étoile.


Era um típico homem de cultura do romantismo. Partilhava com os parnasianos um espírito de humor na sua visão crítica da sociedade, privando com os grandes mestres da pintura impressionista como Renoir, Monet e Manet e na música recebeu a influência de diversos compositores franceses, principalmente de Claude Debussy, Maurice Ravel e Francis Poulenc.

O estilo de Chabrier é muito variado: harmonias de ópera wagneriana, espírito melódico de opereta, melodias tradicionais, criações divertidas.

Há de tudo um pouco nas suas óperas, peças orquestrais, obras para piano, canções e outras obras vocais.

E assim essa tendência do romantismo que se manifesta nas artes , na literatura , na música nasce na Alemanha, e depois na Inglaterra e na Itália, mas é na França que ganha força e é de lá que se espalha pela Europa e pelas Américas.

Opõe-se ao racionalismo e ao rigor do neoclassicismo. Caracteriza-se por defender a liberdade de criação e privilegiar a emoção. As obras valorizam o individualismo, o sofrimento amoroso, a natureza, os temas nacionais e o passado.

Levic

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

38- Romantismo 4-Ópera Francesa -Bizet,Massenet, Thomas, Delibes

Georges Bizet( 1838- 1875), Georges Alexandre César Léopold Bizet foi um compositor francês da época do romantismo. Suas obras mais conhecidas são as óperas "Carmen" e "Les pêcheurs de perles" ("Os pescadores de Pérolas"). "Carmen" tem sucesso até hoje e é considerada uma obra revolucionária.
Julia Migenes canta Carmen, na mais famosa ária.


Joanna Touliatou e Franco Tenelli na famosa "Seguidille" da ópera Carmen.


Em 1857, Bizet obteve o primeiro prêmio do Prix de Rome, uma competição instituída na França na categoria de composição musical, e que lhe valeu uma estadia de 3 anos na Itália.

Regressou a Paris em 1861 e, apesar de ver o seu talento reconhecido por muitos, raramente obteve o sucesso que almejava.

A primeira obra a ganhar popularidade foi a música incidental da peça "L'Arlésienne", composta em 1872, apenas 3 anos antes da morte do compositor.

Jules Massenet (1842- 1912) consolidou-se como compositor com a apresentação do oratório” Marie-Madaleine”, em Paris. Ele compôs, além de balés, suítes sinfônicas, concerto para piano e várias melodias, 26 óperas.

São por estas últimas composições que Massenet ficou conhecido, destacando-se “Manon” (1884), “Le Cid” (1885), “Werther” (1892), “Thaïs” (1894) e “Don Quichotte” (1910).

Outros links afins:
http://operaedemaisinteresses.blogspot.com/2008/12/fleming-protagonista-de-thas-de-jules.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tha%C3%AFs
http://www.sabercultural.com/template/musicas/MassenetMeditacaoSolo.html
http://200.194.222.32/produto/6/21435254/jules+massenet:+manon-+importado+-+duplo

O vídeo mostra o começo do 1ºAto de Manon, apresentada em Viena em 2007, com Anna Netrebko.

Ambroise Thomas , (Charles Louis) ( 1811 - 1896) foi um compositor de ópera e professor de música, conhecido pelas suas óperas, "Mignon" (1866), "Hamlet" (1868, de Shakespeare) e como diretor do Conservatório de Paris (1871-1896). Escreveu inúmeras óperas e outras composições musicais, como também música para balé.

A ária "Je suis Titania", cantada por Ruth Welting da ópera "Mignon".


Da mesma ópera e ária "je suis Titania la Blonde",canta a soprano francesa Annick Massis.Ver no link:http://www.youtube.com/watch?v=ffAvVf4_jOM

Leo Delibes (1836-1891), Clément Philibert Léo Delibes é o maior compositor francês de música para balé. Especializou-se nas óperas cômicas e operetas (de temáticas leves), embora tenha sido reconhecido também pelas suas óperas sérias.

Só depois de muitos estudos e composições, teve sua chance em ser fazer reconhecido com a apresentação, em 1866, da sua obra “Alger” para Napoleão III, que o aplaudiu.

Estreou a ópera "Lakmé" (1883), umas das mais brilhantes e elogiadas. Essa obra ganhou rápida notoriedade e ficou, à época, tão famosa quando "Carmem", de Bizet.

A ária chamada de 'Mallika, Viens ...' da ópera'Lakmé', apresentada em animação.Ver abaixo:


Amira Selim canta a ária de Lakmé "Les fleurs me paraissent plus belles..Pourquoi" no ato 1º.

Vale a pena ver outros trechos da ópera:

http://www.youtube.com/watch?v=QpbZvszWs1I

http://www.youtube.com/watch?v=CX-6Ej2lnwg&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=gkc4zYUp9A4
http://www.youtube.com/watch?v=bsCp6iP7KrA
http://www.youtube.com/watch?v=ju-oCQxZ9hs

E por último Anna Netrebko com Elina Garanca:


Sua última ópera, "Kassya", foi orquestrada por Jules Massenet, após sua morte. Delibes morreu em Paris, de causa desconhecida.

Levic

terça-feira, 10 de agosto de 2010

37- Romantismo 3-Ópera Francesa -Offenbach



Jacques Offenbach (1819- 1880) foi considerado pela crítica como o "Liszt do violoncelo", e ele não só se dedicou a compor várias obras para esse instrumento, bem como participou de uma série de concertos nas principais capitais européias.

Na corte londrina, apresentou-se para a Rainha Vitoria I e o príncipe Alberto.

Mas o que lhe trouxe fama foram as suas operetas (óperas alegres) que satirizavam as fragilidades políticas da época (Napoleão III). Sua primeira opereta foi "Pepito", em 1844.

Em 1875 já havia composto 90 operetas, sendo a maioria delas com libreto do escritor francês Ludovic Halévy. Suas obras mais famosas são “Orfeu no Inferno”(1858), com o seu famoso cancam, “Os Contos de Hoffmann(1880) que tem a famosa barcarolas. " Os Contos de Hoffmann" pode ser considerado como uma ópera.

Natalie Dessay canta da ópera "Contos de Hoffmann" o trecho de "Les oiseaux". Ver link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=e1k5l4oiCEc

A soprano Liudmilla Shiikhova canta a ária de Olympia (Canto da Boneca) da ópera "Contos de Hoffmann".


A brasileira Carla Mafioletti, integrante da Cia de André Rieu, canta a mesma ária da boneca. Confira:


Orfeu no Inferno("Orphée aux Enfers") é uma opereta que fez e faz muito sucesso. Foi apresentada em São PAulo, dirigida por Mauro Wrona, em 2007 esta opereta, já com tradução. Acho que a amostra é necessária ver.
Em primeiro vamos ver o Dueto da Mosca, com a soprano Gabriella Rossi e o barítono Pedro Ometto.


Agora é o Dueto do Concerto com a soprano Gabriella Rossi e o tenor Luiz Guimarães.
Versão brasileira da ópera "Orphée aux Enfers" de J. Offenbach, apresentada pelo Projeto Ópera Estúdio da ULM, dirigido por Mauro Wrona.
Com a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, sob a regência de João Maurício Galindo.
Apresentada em Novembro de 2007, no Theatro São Pedro, São Paulo.


O famoso CanCan.


Com as suas operetas ele serviu de gênero para J.Strauss Fº, Arthur Sullivan e Franz Lehár. Offenbach não consueguiu ver a estréia dos “Contos de Hoffmann” pois faleceu antes.


Levic

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

36- Romantismo- 2 Ópera Francesa -Saint-Saens,Gounod,Auber


Camille Saint-Saëns
(1835- 1921), conhecia música profundamente, familiarizado com as obras dos grandes compositores europeus antigos e modernos.Mas ele se interessava também pela ciência, literatura e filosofia, tendo escrito livros sobre estes assuntos.

Fez versos, uma comédia, e escreveu ele mesmo os libretos de várias de suas óperas.

A obra de Camille Saint-Saëns é imensa, tendo criado sinfonias, concertos para piano e violino, peças para órgão, música vocal e instrumental, sacra e profana. Entre as peças mais conhecidas deste compositor, podemos citar: o Concerto para violino no. 3 em si menor (op. 61), a Danse Macabre, Introdução e Rondò Capriccioso para violino e orquestra (uma peça extremamente brilhante para o violino), e o Carnaval dos Animais.

Saint-Saëns compôs várias óperas, mas somente uma delas é tida pela posteridade como uma obra prima imortal: Samson et Dalila (Sansão e Dalila).

Denyce Graves, mezzo-soprano 'Mon coeur s'ouvre a ta voix' da ópera "Sampson et Dalila"



Maria Callas - "Samson et Dalila" com a ária "Mon coeur s'ouvre a ta voix "



Numa apresentação de San Fransisco Opera (1981) na condução do maestro Julius Rudel



Charles Gounod (1818- 1893), criou a primeira ópera "Sapho", estreada em 1851. Várias óperas se seguiram, mas as mais importantes são "Fausto" (1859), "Mireille" (1864), "Roméo et Juliette" (1867) , sendo que todas as três estão entre as mais populares do repertório operístico francês.

Opera Fausto de Gounod, Nicolai Gedda canta o Acto III, cavatina "Salut, demeure chaste et pure".


Sumi Jo canta de Gounod "Romeo et Juliette" a ária "Je veux vivre dans ce reve". A seguir a mesma ária com Diana Damrau. Compare qual das duas é a melhor.





A Introdução da ópera Fausto:


Ao rebentar a Guerra Franco-Prussiana (1870), Gounod se refugiou na Inglaterra, onde permaneceu até 1875. Lá, ele adquiriu uma amante inglesa, Georgina Weldon, e sua música fez grande sucesso na Inglaterra vitoriana.

Nos últimos anos de vida, Gounod só compôs música religiosa.

Daniel François Auber (1782- 1871), foi o último grande representante da ópera cômica francesa. A sua colaboração com Scribe, a partir de 1823, contribuiu consideravelmente para a sua grande celebridade.

Escreveu cerca de 40 óperas ,entre elas, "Fra Diavolo", "Os Diamantes da Coroa", "Gustave III", "Le Domino Noir", óperas-bailados e uma grande ópera(La muette de Portici) que é "A muda de Portici", a sua obra mais brilhante e mais popular, onde reflete o espírito dos movimentos revolucionários de 1830.

La muette de Portici - "Amis, le soleil va paraitre" com Alfredo Kraus.


Ainda de Daniel Auber - Le domino noir - "Je suis sauvee enfin" , comMagdalena Kozen.




Gustave III, uma bela obra de Daniel François Esprit Auber




Aria Act III "Je vois marcher sous ma bannière", cantada por Philippe Do, da ópera "Fra Diavolo" é o que mostra o vídeo abaixo:


"Je vois marcher sous ma bannière"


Da ópera L'enfant Prodigue:


Embora hoje quase seja um compositor esquecido no campo da ópera, foi muito admirado e estimado em sua época, tendo dado muitas contribuições ao ballet também. Rossini e Wagner apreciavam muito a sua música.

Levic

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

35- Romantismo-1 Ópera Francesa - Berlioz







Antes de tudo, sinto necessidade de um pequeno resumo sobre o movimento do romantismo nos países já vistos que são a Itália, Alemanha e França, sem ainda falar dos outros. 

O romantismo na França propagou os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade pregados pela Revolução Francesa. Os românticos que haviam acreditado e se engajado nos princípios revolucionários, logo perceberam que as transformações sociais almejadas não ocorreram e que a liberdade não foi amplamente traduzida em igualdade. Portanto, o que marca a segunda geração do romantismo é um sentimento de frustração e desencanto.

Os compositores buscam liberdade de expressão. Para isso, flexibilizam a forma e valorizam a emoção. Exploram as potencialidades da orquestra e também cultivam a interpretação solo. Resgatam temas populares e folclóricos, que dão ao romantismo caráter nacionalista.

A transição do classicismo musical, que acontece já no século XVIII, para o romantismo é representada pela última fase da obra do compositor alemão Ludwig van Beethoven(1770-1827). As tendências românticas consolidam-se depois com Carl Maria von Weber (1786-1826) e Franz Schubert (1797-1828).

O apogeu, em meados do século XIX, é atingido principalmente com Felix Mendelssohn (1809-1847), autor de "Sonho de uma Noite de Verão", Hector Berlioz (1803-1869), Robert Schumann (1810-1856), Frédéric Chopin (1810-1849) e Franz Liszt (1811-1886).

No fim do século XIX, o grande romântico é Richard Wagner (1813-1883), autor das óperas românticas "O Navio Fantasma" e "Tristão e Isolda".

A ópera tradicional dos italianos prosseguiu numa sucessão ininterrupta através das obras de compositores como Rossini, Bellini e Donizetti, atingindo a sua expressão mais plena nas óperas de Giuseppe Verdi.

A ópera romântica alemã, que recebeu o seu primeiro impulso das óperas de Weber, transformou-se, através dos dotes únicos de Richard Wagner, num tipo especial de ópera, denominado, pelo compositor, "drama musical".

As influências combinadas de Gluck, da Revolução Francesa e do Império Napoleônico fizeram de Paris a capital da Europa na primeira metade do século XIX, favorecendo aí o desenvolvimento de um determinado tipo de ópera séria, onde se conjugam o carácter heróico com a forte tensão dramática dos enredos de libertação, exprimindo uma atmosfera solene.

Com a ascensão de uma classe média numerosa e cada vez mais influente, a partir de 1820, surgiu um novo tipo de ópera, destinado a cativar o público relativamente inculto que enchia os teatros de ópera em busca de emoções e divertimento.

A grande ópera, como veio a ficar conhecido este novo tipo de ópera, dava tanta importância ao espectáculo como à música, seguindo a tendência dominante na França desde o tempo de Lully, onde os libretos eram concebidos de forma a explorar todas as oportunidades possíveis de introduzir bailados, coros e cenas de multidão.

Nessa altura, a ópera apresentava frequentemente intrigas violentas e envolvimentos sociais duvidosos, resultando num tratamento melodramático que tendia a explorar momentos individuais de crise.

Na França, a ópera assumiu uma feição mais lírica, mais fina, o que veio a repercutir, por sua vez, na Itália de 1900, que era uma província cultural da França, onde se liam mais livros franceses do que italianos.

A ópera francesa, que durante muitos anos representou uma luta entre a veia nacional da "opéra comique" e o estilo pretensioso da "Grand Opéra" de Paris, foi rejuvenescida nos últimos anos do século pelo aparecimento de um movimento genuinamente nacional, representado pelas óperas líricas de Gounod, Massenet e outros.

A única ópera dramática, "Carmen", uma obra de Bizet, que fez a sua aparição nesta altura dos acontecimentos, está muito avançada em relação ao nível geral deste movimento e não criou uma escola de ópera na França propriamente dita. Mas ela, por fim, faz com que uma influência francesa aja diretamente sobre a Itália. Faz, também, com que a nova geração de compositores de óperas volte ao caminho dos fortes efeitos dramáticos.

É dessa época que vamos falar de alguns compositores franceses que mais sobressairam no campo das óperas.
Hector Berlioz (1803-1869), compositor do alto romantismo francês, essencialmente dramático, escreveu muita música sinfônica e religiosa, sendo mais conhecido por sua Sinfonia Fantástica (1830) e por seu Tratado de Instrumentação e Orquestração. Sua obra "Romeu e Julieta" é muito apeciada.

Desde cedo, o compositor identificou-se com o alto romasntismo francês. Entre outros, eram amigos dele os escritores Alexandre Dumas, Victor Hugo e Honoré de Balzac.

No campo da ópera, compôs algumas pérolas do romantismo, como "Béatrice et Bénédict" (1862), "La Damnation de Faust" (1846), que alguns consideram sua obra-prima) e "Les Troyens" (1859).

A Marcha Húngara da ópera "A Danação de Fausto".


A ária de Marguerite " D'mour l'ardente Flamme" cantada por Vesselina Kasarova.


Assista à pungente interpretação de Susan Graham da ária de Marguerite -D'Amour, l'ardente flamme- em La Damnation de Faust, de Berlioz( a mesma da de cima). Montagem de 2002 em Bruxelas, regida por Antonio Pappano.




Levic