sexta-feira, 10 de setembro de 2010

43- Ópera Russa 2 - séc.XIX-Rimsky-Korsakov, Borodin,Mussorgsky,Tchaikovsky


Nikolai Rimsky-Korsakov(1834-1908) Nicolai Andreievich Rimsky-Korsakov foi um compositor prolífico. Seus maiores êxitos foram obtidos junto às óperas que foram quinze no total, incluindo "Kashchei, o Imortal" e "O Conto do Czar Saltan". Os motivos das óperas são diversos, como de melodramas históricos " A Noiva do Czar" a temas folclóricos como "Noite de Maio" e também de lendas como "A Donzela de Neve".

Os mais conhecidos excertos no Ocidente são a "Procissão dos Nobres de Mlada", "Canção da Índia de Sadko" e "O Vôo do Besouro de Czar Saltan", assim como as suítes de "O Galo de Ouro" e "A Lenda da Cidade Invisível de Kitezh".

Da ópera Sadko, canta a Canção da India o tenor Lev Kuznetsov, no Teatro Bolshoi.


"A Donzela de Neve"(Snegurochka), em forma de desenho animado (1952).


Não obstante, a fama de Rimsky-Korsakov no Ocidente foi conquistada com suas composições orquestrais, principalmente o "Capricho Espanhol", a abertura "A Grande Páscoa Russa" e a suíte sinfônica "Scheherazade".

Cesar Cui
(1835-1918)Cesarius-Benjaminus Cui foi um compositor e crítico musical russo de ascendência francesa e lituana. Foi um compositor extremamente prolífico, escrevendo muitas peças para piano, música de câmara, centenas de canções, peças para orquestra e várias óperas.

Em 1869, houve a primeira performance publica da ópera "William Ratcliff" composta por Cui. As suas óperas foram escritas em russo, excetuando-se "Le Flibustier" (baseada na peça de Jean Richepin) e encenada na Opéra-Comique em Paris, em 1894.

Seus trabalhos de maior sucesso foram as óperas "The Mandarin´s Son" (1878), "Prisoner of the Caucasu" (1883) baseada em Púchkin, "Mademoiselle Fifi" (1903), baseada em Guy de Maupassant.

A abertura "Prisoner of the Caucasu"foi composta com a primeira versão da ópera em 1857-1858 e, posteriormente, re-orquestrada por Balakirev. A versão original da ópera nunca foi feita. Em 1881-1882 o compositor acrescentou um ato meio e outro de dança, segundo esta versão foi estreada em 1883. Aparentemente, em 1885 Cui tinha adicionado mais algumas músicas para o Finale do Act 2, e esta terceira versão foi estreada em Liege, na Bélgica.


Abertura da ópera "Prisioneiro da Caucaus", de César Cui. Baseado no poema narrativo de AS Pushkin, interpretada por Svetlana Visharenko, na ária "The Statue at Tsarskoe Selo" :




Balakriev (1837-1910)Mily Alexeyevich Balakirev foi um compositor russo cuja obra não tem a composição de óperas. Suas obras são 2 sinfonias,( Abertura espanhola, Abertura tcheca), 2 poemas sinônicos (Rússia e Thamar), Abertura sobre três temas russos, música para piano. constando de uma sonata, uma fantasia (Islamey), 3 noturnos, 7 mazurcas, 7 valsas, 3 scherzos e 2 concertos e música vocal são muitas melodias, coros, e cânticos religiosos.

A música de Balakriev: Abertura de "Three Russian Themes".


Borodin
(1833-1887) Aleksandr Porfirevich Borodin foi um compositor e químico russo de origem georgiana. Em toda sua vida, Borodin dedicou-se quase inteiramente à Química, escrevendo muitos tratados científicos. Considerava-se apenas "um compositor aos domingos".

Em 1869, começou a compor sua obra mais importante: a ópera "O Príncipe Igor". Trabalhou nela por 18 anos até sua morte, deixando-a incompleta, e foi terminada por Nikolai Rimsky-Korsakov e Aleksandr Glazunov em 1890.

O maestro Seiji Ozawa, rege a Filarmônica de Berlim com a "Danças Polovitzianas" da ópera "Príncipe Igor".


Natasha Morozova canta, numa versão moderna, o Príncipe Igor.


Borodin também escreveu numerosas peças para piano, melodias, música de câmara, entre outros.

Mussorgsky (1839-1881)Modest Petrovich Mussorgsky foi um compositor e militar russo conhecido por suas composições sobre a história da Rússia medieval.

Aos 29 anos de idade começa a compor "Boris Godunov", sua ópera mais conhecida e uma das peças mais importantes da história da música russa, baseada na obra de Pushkin e na história de Karamzin.

A cena da coroação de Boris Goduvov.


A cena final com a morte de Boris.


"Boris Godunov" causou grande polêmica, sendo que a versão original de 1870 foi recusada. A estréia ocorreu no Teatro Maryinsky em 1873, após diversas alterações feitas por Mussorgsky e Rimsky-Korsakov, embora ainda tenha causado controvérsias. Após uma nova apresentação de apenas alguns trechos em 1878, a ópera deixou de ser encenada.

Internado em um hospital em 1881, Modest Mussorgsky morreu de excessos alcoólicos uma semana após completar 42 anos. Está enterrado no Cemitério Tikhvin do Monastério Aleksandr Nevsky em São Petersburgo.

O Grupo dos Cinco está na origem do que a música russa tem de mais original e ousado, passando pelas grandes sinfonias românticas de Tchaikovski e Rachmaninov até as inovadoras composições modernistas de Stravinsky a Shostakovitch.

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840 - 1893) foi um compositor russo que embora não faça parte do chamado Grupo dos Cinco (Mussorgsky, César Cui, Rimsky-Korsakov, Balakirev e Borodin) de compositores nacionalistas daquele país, sua música se tornou conhecida e admirada por seu caráter distintamente russo, bem como por suas ricas harmonias e vivas melodias.

Tchaikovsky escreveu dez óperas, entre elas:(1877–1888): "Eugene Onegin", Op. 24; (1881)- "Orleanskaya Dyeva"(A Donzela de Orleans);(1884)- "Mazeppa"; (1890)- "Pikovaya Dama"( A Dama de Espadas), Op. 68 ; (1892)- "Iolanthe".

A cena da valsa que abre o 2º ato, baile de aniversário de Tatiana.


A ária de Lenski, cantada por Andrei Dunaev da ópera Eugene Onegin.


A segunda parte da cena da carta, com Renee Fleming como Tatiana.


Tchaikovsky compôs peças para o piano, música de câmara, seis sinfonias, aberturas-fantasia (Romeu e Julieta, 1870), balés ( O Lago dos Cisnes, 1876; A Bela Adormecida, 1890; O Quebra Nozes, 1892), três concertos para piano ( N.1, 1875), um concerto para violino (1877), e Variações sobre um tema Rococó, para violoncelo e orquestra (1876). Além de canções, escreveu dez óperas, entre as quais "Eugene Oneguin" (1879) e "A Dama de Espadas" (1890), as duas inspiradas em Púchkin.

Francesca da Rimini


Influenciado pela música ocidental, Tchaikovsky se situou à margem do nacionalismo russo encarnado pelo Grupo dos Cinco. A orquestração brilhante, a melodia comunicativa e a intensidade dramática marcam toda a sua produção, que se tornou popular em todo o mundo.

Levic

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

42- Ópera Russa 1-séc. XIX-Glinka, Dargomijski,Balakirev


Somente em meados do século XVIII, no governo do czar Pedro, o Grande, que os primeiros movimentos de real abertura à música europeiase fez notar na Rússia. Ele foi o responsável pelo processo de modernização que aproximou novamente o atrasado Império dos czares às modernas nações ocidentais européias como França, Itália, Alemanha e Inglaterra.

Pedro, o Grande tinha grande interesse em propagar a música ocidental, e para tal ele mandou construir um teatro, onde eram apresentados os diversos espetáculos de dança, música e drama, sempre com artistas convidados de outros países. Mas, esse espaço era somente frequentadado pela aristocracia.

A população só pôde gozar da música erudita ocidental vinte anos depois, quando a czarina Isabel Petrovna fez um teatro em Moscou aos moldes dos de ópera da França e Itália.

Um enorme intercâmbio cultural entre o público russo e alguns dos grandes mestres da ópera e do balé se concretiza rapidamente. Logo depois, foi mandado construir o grandioso Teatro Imperial de São Petersburgo. É por essa época que começam a surgir os artistas nacionais, mas ainda sem formação de escola ou instrumentos adequados aos seus estudos.

Em 1806 é fundado o Teatro Imperial de Moscou nos moldes da Ópera de Paris. Quatro anos depois, surge também a primeira escola de dança da Rússia, também em Moscou. Essas ações eram destinadas a formar de maneira mais organizada uma classe artística no país, dirigida, não para servos iletrados, mas sim para os filhos da nova nobreza culta, funcionários públicos e membros da corte.

O romantismo era a forma expressiva de todas as esferas das artes européias da metade do século XIX, surgindo em oposição ao racionalismo neo-clássico. Os românticos proclamavam agora o império da sensibilidade, da intuição e da imaginação nas artes. No início do século XIX surgiram os maiores expoentes do estilo no mundo tanto em literatura quanto em poesia, que influenciariam como nunca antes todos os gêneros musicais.

Na Rússia, suas maiores expressões poéticas foram Mikhail Liermontov, o chamado “Byron russo” e Alexander Puchkin, considerado o grande pai da literatura russa e o mais influente poeta que o País já teve.

Na música, a expressão romântica impôs-se ainda com mais força, dominando a cena durante quase a totalidade do século. No contexto da Rússia, o século XIX presencia a formação da primeira escola que procura criar uma música nacional.

Com a queda das tropas napoleônicas, que invadiram o país em 1812, o povo é tomado de um processo revolucionário que acaba por finalizar este processo na Revolução Russa de 1917, onde um dos pontos altos era a abolição total da servidão no país. Com o surgimento de uma nova consciência nacional, deu início também a um movimento que tinha um caráter de oposição à cultura ocidental da Alemanha, Itália e França. Assim, os compositores foram buscar as particularidades do idioma russo e dos ritmos populares e folclóricos do país.

Esse comportamento nacionalista influenciou a criação de uma ópera nacional na Rússia. Muitas tentativas foram feitas, e apesar dos temas serem tirados do folclore russo, suas estruturas musicais eram ainda completamente subordinadas à tradição da ópera italiana, dando assim um resultado não satisfatório.

Entretanto, quando foram apresentadas, as óperas fizeram sucesso entre o público, repercutindo entre os meios musicais da época.

O primeiro compositor relevante da história da música na Rússia é Mikhail Ivanovitch Glinka (1804 - 1857 ), considerado o fundador da escola russa. Sua música é a primeira que consegue organizar de maneira consistente a tradição da grande música erudita da Europa com os ritmos folclóricos típicos de sua nação.

O ponto alto de sua carreira criativa vem com a composição da ópera “A Vida pelo Czar”, de 1836, identificada hoje como a primeira ópera nacional da Rússia. Sua segunda ópera “Ruslan e Ludmilla”, 1846, é considerada sua obra-prima, tecnicamente muito mais madura que a anterior, e também já completamente independente dos moldes italianos.

Da ópera “Ruslan e Ludmilla”, apresentada no teatro Mariinsky em São Petersburgo, a sua Abertura.




Anna Netrebko canta a ária onde Ludmilla está indo casar-se com Ruslan.


Alexander Dargomijski (1813 – 1869 ) ao conhecer Glinka foi por este introduzdo nos meios artísticos russos e o ajudou a aperfeiçoar sua formação. Suas principais realizações formam seis óperas, entre elas “O Convidado de Pedra”(Le convive de pierre), a favorita do poeta Puchkin. Dargomijski desenvolve um tipo de declamação melódica bastante pessoal, que prenunciava já o caminho que Mussorgski trilharia de maneira muito mais consistente algumas décadas depois.

Mili Balakirev(1837-1910) foi um compositor tão importante quanto Glinka devido ao seu conhecimento profundo tanto do folclore russo quanto dos estilos da música ocidental. Balakirev é o principal responsável pela formação de um pequeno grupo de jovens compositores autodidatas, o aclamado “Grupo dos Cinco”, pedra fundamental da música russa.

Overture on Three Russian Themes:


Juntos, esses cinco músicos causam polêmicas nos meios musicais conservadores de São Petersburgo. Esse grupo é famoso por suas idéias nacionalistas e seu desejo de criar uma tradição de música erudita com um caráter verdadeiramente nacional.

São eles: Rimsky-Korsakov(1834-1908), Cesar Cui (1835-1918), Balakriev (1837-1910), Borodin (1833-1887) e Mussorgsky (1839-1881).

Levic

sábado, 4 de setembro de 2010

41- Verismo 2- Ópera Italiana -Leoncavallo,Giordamo,Mascagni

Ruggero Leoncavallo (1857 – 1919) foi compositor e libretista italiano, autor de óperas, como "La Bohème" (1897) e "Zaza" (1900). Tornou-se conhecido internacionalmente com "I Pagliacci" (Os Palhaços, 1892).

Leoncavallo escreveu seu próprio libreto para "I Pagliacci". Procurando por uma história realista que pudesse usar, ele se lembrou de uma história verdadeira que havia escutado de seu pai. Este tinha presidido o julgamento de um ator que havia assassinado sua esposa num ataque de ciúmes. A história satisfazia suas necessidades e tornou-se assim a base para a ópera.

O final da ópera "I Pagliacci", com Der Bajazzo.


Ainda da mesma ópera Placido Domingos canta "No, Pagliaccio non son".


"Vesti la giubba" com Luciano Pavarotti:


Sua "La Bohème" (1897) foi ofuscada pela versão muito popular de Puccini da mesma história, que havia sido produzida no ano anterior. Somente "Zaza", a história de uma cantora de cabaré parisiense, obteve algum sucesso notável, tendo a estréia em Milão, em 1900, contou com Toscanini regendo um elenco todo composto por grandes cantores.

Aprile Millo, uma soprano nova-iorquina, interpreta "Zaza" de Leoncavallo.


Umberto Giordano ( 1867 - 1948) foi um compositor italiano que se dedicou eminentemente à composição de óperas. Giordano tentou fazer óperas no estilo do romantismo, mas não obteve muito sucesso. Voltou a investir no verismo com sua obra mais famosa até hoje, "Andrea Chénier" (1896), baseada na vida do poeta francês André Chénier e outro sucesso foi "Fedora" (1898)que também é uma obra ainda apresentada atualmente, mas bem mais raramente. Sua obra posterior é pouco conhecida, embora ocasionalmente seja ainda representada.

Jose Carreras canta "L'Improvviso" da ópera "Andrea Chénier", apresentada no Teatro Alla Scala de Milão, sob regência de Riccardo Chailly.


No link a interpretação maravilhosa do grande tenor Mario Del Monaco. Não tem igual.
http://www.youtube.com/watch?v=FUZaAOK6ggg

Pietro Mascagni
(1863 - 1945) foi um compositor italiano.Sua obra mais conhecida é a ópera "Cavalleria Rusticana", escrita em apenas dois meses e baseada num texto do escritor italiano Giovanni Verga. Mascagni foi um expoente do período musical na ópera conhecido como verismo, e até hoje faz muito sucesso essa sua ópera.

Da "Cavalleria Rusticana" com Waltraud Meier e José Cura, sob regência de Riccardo Muti. Este vídeo é emocionante.A interpretação da mezzo-soprano W.Meier mostra bem o desespero de uma mulher apaixonada que é deixada por outra. Aliás o José Cura também está maravilhoso.O dueto é" Ah! Lo vedi".


O mesmo dueto com Fiorenza Cossotto e Placido Domingo. Não sei quem interpreta melhor.


Esta ópera é muito bonita! O "Intermezzo" é uma das músicas mais lindas já compostas. Vê só: A regência é de Riccardo Muti.


Eu admiro muito os países do Oriente pela sensibilidade musical que tem . Como o maestro
Lim Kek-tjiang se emociona ao reger o Intermezzo. É de tirar lágrimas!


Parte do "Easter Hymn", com Laura Hudson como Santuzza.


Outras óperas do mesmo compositor foram Guglielmo Radcliff, I Rantzan e Nerone, escrita em homenagem a Benito Mussolini. Mascagni era declaradamente fascista e aceitou ser o músico oficial do Partido Fascista. Morreu subitamente no hotel Plaza de Roma, quando, desiludido, entregou-se à indigência.


Na França, o verismo assumiu um caráter mais lírico, mais requintado nas emoções, o que veio a repercutir, por sua vez, na Itália, onde se liam mais livros franceses do que italianos. E aí o verismo tomou uma feição franco-italianismo, cujo representante mais importante é Giacomo Puccini , embora este tendo se distanciado dos elos do verismo na medida que com sua fina cultura musical aliou-se ao sucesso comercial. Sua inclusão aqui é mais histórica, pois sua arte calcava-se mais no romantismo de Weber e no leitmotifs de Wagner e nas suas incursões musicais francesas. Mas Puccini será visto à parte porque suas óperas atingiram o maior sucesso internacionalmente, inclusive nas Américas e Oriente.

Levic

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

40- Verismo- A Ópera Italiana- 1 Ponchielli, Boito


Ao final do século XIX, surgiu na Itália uma nova corrente dramático-musical denominada verismo, cujos primórdios foi com Giuseppe Verdi.

A cultura europeia influenciada pela literatura realista do francês Émile Zola (1840-1902), deu solidez à música para tratar suas criações com emoções primárias, incorporando à ópera argumentos reais da vida em substituição às tramas de enredo formal, ou mitológicas e outras absurdas, do ponto de vista real. Surge assim o verismo (realismo, em italiano), um movimento artístico do fim do século XIX.

O começo do verismo musical coincidiu com a estreia de "Cavalleria Rusticana" (1890), de Pietro Mascagni (1863-1945), cujo libreto foi tirado do drama escrito pelo novelista Giovanni Verga (1840-1922), principal representante do verismo literário italiano.

Nesse mesmo tempo, os romancistas italianos Capuana e De Roberto, seguindo o exemplo do grande Verga, descobriram o mundo das paixões elementares e superstições arcaicas da Sicília. Pintaram-no com cores do naturalismo de Zola.

O termo verismo é usado particularmente para a ópera italiana desse período, que frequentemente apresentava intrigas violentas e envolvimentos sórdidos, resultando num tratamento melodramático que tendia a explorar momentos individuais de crise. Mascagni e Leoncavallo foram os maiores criadores da ópera verista que, graças ao seu sucesso mundial, encontrou imitadores em toda a parte.

Vários compositores italianos darão esse toque de "verismo" às suas composições, sem faltar com o romantismo próprio da época, mas sobrecarregando-o com cores primárias das paixões humanas.

Amilcare Ponchielli
(1834 – 1886) foi um compositor italiano, basicamente de óperas. La Gioconda, a sua obra mais famosa, é uma ópera de grandes paixões que se passa em Veneza.

São suas óperas: "Il Sindaco Babbeo" (1881), "Cremona" (1856), "Bertrando del Bornio" (1858), "La Savoiarda" (1861), "Roderico, Re dei Goti" (1863),"I Promessi Sposi" (1872), "Il Parlatore Eterno(1873)","I Lituani" (1874), La Gioconda(1876).

De todas as óperas a que fez sucesso mesmo foi "La Gioconda", cuja apresentação em 1952 por Maria Callas, lógico que muito tempo depois de sua estreia, foi memorável permanecendo até hoje como uma das suas grandes criações.

Maria Callas canta "Suicídio" da ópera "La Gioconda".

Eliane Coelho canta da Gioconda a ária "Suicidio!" de Ponchielli. A apresentção foi em São Paulo, em 2006.


Não posso deixar de mostrar o desenho animado da Disney que usa a Gioconda.


Ver link com "A Dança das Horas" de Amilcare Ponchielli.
http://www.youtube.com/watch?v=9WGSLNOnQ5o

e a continuação:http://www.youtube.com/watch?v=5X19-QV-jOU

Ainda da mesma ópera e na mesma apresentação em São Paulo o trecho relacionado ao circo.


Arrigo Boito ( 1842 – 1918), foi um poeta, escritor, libretista e refinado compositor italiano, que deve a sua fama à ópera "Mefistofele" , baseada na obra Fausto de Goethe, e à escrita de libretos por outros compositores. Utilizou textos de Hamlet, Otello e Falstaff , sendo que este último, baseado na peça shakespeariana, "The Merry Wives of Windsor" , denota um avanço no tratamento da forma do libreto, particularmente, no âmbito da concentração do enredo, de modo a torná-lo mais eficaz em termos de ópera. Foi considerado o maior libretista da época.

"The Merry Wives of Windsor", a mesma carta.


Em 1868, estreia no Teatro Alla Scalla de Milão sua ópera "Mefistofele", a qual suscitou violentas reações no exigente público milanês, pois julgou a ópera como “wagneriana”. Com isso, irromperam distúrbios nacionalistas nas ruas e a policia decidiu interromper as apresentações.

Após estes incidentes, Boito realiza inúmeros cortes e revisões. A nova versão foi apresentada no Teatro Comunal de Bolonha, em 1876, alcançando finalmente grande êxito, passando a integrar o reportório de óperas clássicas. Foi no papel de Fausto que o famoso tenor italiano Beniamino Gigli se celebrizou.

Ildebrando d'Arcangelo - Mefistofele - Ave Signor


Orquestra e Coro Nacional de Santa Cacília e Orquestra e Coro do Teatro de São CArlos e Coro de Vozes Bianche de Nápoles, num total de 380 elementos, sob a direção de Antonio Pappano. È o prólogo da ópera Mefistofeles.






Levic