A última ópera de Verdi: 28- Falstaff
28-Falstaff
28ª ópera (79 anos)
Libreto:
Arrigo Boito baseado em William Shakespeare.
Estreia:
(Milão) Teatro alla Scala 9 de Fevereiro de 1893
Personagens:
Sir John Falstaff, um caveleiro muito gordo Barítono
Ford, um homem rico Barítono
Alice Ford, sua esposa Soprano
Nannetta, filha de Ford e Alice Soprano
Meg Page Mezzo-soprano
Mrs. Quickly Mezzo-soprano
Fenton, apaixonado por Nannetta Tenor
Dr. Caius Tenor
Bardolfo, criado de Falstaff Tenor
Pistola, criado de Falstaff Baixo
Em 1872, Verdi, então com 59 anos, inaugura o novo Teatro de Ópera do Cairo com "Aida", escrita especialmente para a ocasião.
Dois anos mais tarde escreve o magnífico Requiem à memória de Manzoni. Segue-se uma interrupção de 13 anos, que muitos julgariam definitiva.
Depois, contra todas as expectativas, Verdi inicia o trabalho numa nova ópera, sobre a qual guarda, por muito tempo, o mais absoluto sigilo.
A 1ª apresentação pública teve lugar no Teatro alla Scala de Milão no dia 9 de fevereiro de 1893. Essa ópera era "Falstaff", escrita por Verdi poucos meses antes de completar 80 anos.
"Falstaff" tem libreto de Arrigo Boito baseado na comédia "As Alegres comedres de Windsor" de William Shakespeare.
Trechos de destaque
"L'onore! Ladri!" - Sir John Falstaff no Ato I, Cena 1
"È sogno? o realtà" - Ford no Ato II, Cena 1
"Va, vecchio John" - Sir John Falstaff no Ato II, Cena 1
"Quand'ero paggio del Duca di Norfolk" - Sir John Falstaff no Ato II, Cena 2
"Dal labbro il canto estasiato vola" - Fenton no Ato III, Cena 2
"Sul fil d'un soffio etesio" - Nannetta no Ato III, Cena 2
Falstaff é uma ópera de Giuseppe Verdi, inspirada na adaptação feita por Arrigo Boito de "The Merry Wives of Windsor" (As alegres comadres de Windsor), de William Shakespeare. Assim, como em Otello, Falstaff apresenta um libreto que vai além de se basear no texto de Shakespeare, mas que o respeita e dialoga com as características desse grande dramaturgo. Falstaff tem cenas extraidas de Henry IV, nas partes 1 e 2. O trabalho, foi descrito por seus criadores como uma commedia lirica, e estreou em 09 de fevereiro de 1893 no La Scala, de Milão. Verdi escreveu Falstaff, que foi a última de suas vinte e oito óperas, quando estava se aproximando da idade de oitenta anos.
Foi sua segunda comédia (a 1ª foi Un Giorno di Regno), e seu terceiro trabalho baseado numa peça de Shakespeare, na sequência de Macbeth e Othelo. O enredo gira em torno da frustrada, às vezes ridícula, iniciativa de esforços de um cavaleiro gordo, Sir John Falstaff, para seduzir duas mulheres casadas por motivos mercenários. Por ser uma ópera onde breves temas predominam, ao invés de grandiosas melodias, Verdi continua mantendo sua produção com um alto grau de elegância e inovação, mas pouco apreciada pelo público. Em, Falstaff, sua última ópera, ele exibe determinados solos imponentes, mas o foco está na atuação em grupo, sejam em trios, quartetos ou quintetos.
A história de Falstaff se resume em uma comédia de vingança e lição de honra. O personagem principal, cujo nome intitula a própria ópera, é um homem sem escrúpulos que usa a mentira para zombar e se aproveitar de todos ao seu redor. Depois de tentar conquistar mulheres casadas, invadir e roubar a casa de um homem e demitir injustamente seus criados, Falstaff está na mira de todos aqueles que foram prejudicados por ele.
Diante disso, várias armadilhas põem Falstaff em situações de vexames e repletas de muita confusão durante todos os 3 atos da ópera. O fechamento, porém, apresenta um final alegre tendo como, pano de fundo, um casamento entre dois personagens apaixonados e cantoria de todos que diz: “Ri melhor quem ri por último”.
Mas, vamos com a história do surgimento desta última ópera de Verdi.
Em 1889, Giuseppe Verdi reuniu-se com seu libretista Arrigo Boito em Milão. Os dois amigos conversaram longamente sobre a possibilidade de uma nova ópera, desta vez uma comédia, tendo como protagonista o gordo e jocoso John Falstaff, personagem das Alegres Comadres de Windsor de Shakespeare. Boito convenceu Verdi a sair da aposentadoria para compor a ópera, o que levou a colaboração de três anos a partir de meados de 1889 para ser concluída. Embora a perspectiva de uma nova ópera de Verdi despertar imenso interesse na Itália e em volta do mundo, Falstaff não provou ser tão popular como em obras anteriores do compositor.
Boito, entusiasmado com o grande sucesso internacional de Otello, que ambos haviam criado dois anos antes, não via a hora de repetir o feito. O compositor, por sua vez, acalentava o desejo de escrever uma ópera cômica como forma de liquidar uma antiga pendência. Cinquenta anos antes, vira sua única comédia, Un Giorno di Regno, ser recebida com vaias no Teatro Alla Scala. Mesmo depois de tanto tempo, queria redimir o fracasso.
Verdi foi veranear com sua esposa em Montecatini. Boito, sem perder tempo, preparou rapidamente um esboço de Falstaff e o enviou para a estação das águas. Verdi o recebeu exatamente no momento em que acabava de reler a tradução italiana das peças de Shakespeare "As Alegres Comadres de Windsor", Henrique IV e Henrique V. Como Boito viria a anotar na primeira edição da ópera, apenas a primeira delas e algumas poucas passagens da segunda serviriam de base ao libreto definitivo.
As cartas sedutoras de Boito não demoraram a convencer Verdi, que começou a compor imediatamente. Mas o entusiasmo inicial de Verdi viria a arrefecer alguns meses depois, e a velocidade de composição diminuiria. Sua idade avançada (em 1889, ele tinha 77 anos) não lhe permitia trabalhar seguidamente como antes. Além disso, sua disposição para o trabalho foi afetada pelas notícias da morte de dois amigos íntimos, Giuseppe Piroli e Emmanuele Muzio. Verdi, muito deprimido, não conseguiu escrever uma só nota por muito tempo. Nesse período, Boito não deixou de estimulá-lo carinhosamente através de cartas e visitas. Falstaff levou três anos e meio para ficar pronta.
Em 1889 Verdi tinha sido um compositor de ópera por mais de 50 anos. Ele havia escrito vinte e sete óperas, das quais apenas uma era uma comédia - Un giorno di Regno, seu segundo trabalho, encenado em 1840, sem sucesso. Seu colega compositor Rossini comentou que ele admirava muito Verdi, mas que achava-o incapaz de escrever uma comédia. Verdi discordou, e disse que desejava terescrito outra ópera leve, mas ninguém lhe lhe dera esta chance. Em suas óperas trágicas, Verdi apresentou momentos de comédia em, por exemplo, Un ballo in maschera e La forza del destino. Em 1850, ele até considerou fazer uma, mas finalmente rejeitou a sugestão de escrever uma versão operística de A Tempestade de Shakespeare para o Covent Garden.
Para um tema cômico Verdi considerou Don Quixote de Cervantes e peças de Goldoni, Molière e Labiche, mas não encontrou em nenhuma delas totalmente o elo adequado para uma ópera. O cantor Victor Maurel enviou-lhe um libreto baseado em Shakespeare da A Megera Domada. Verdi gostou, mas respondeu que "lidar com este tema corretamente, seria preciso ter a qualidade de um Rossini ou Donizetti."
Seguindo o sucesso de Otello, em 1887, ele comentou: "Depois de ter implacavelmente massacrado tantos heróis e heroínas, tenho o direito de rir um pouco". Aí, confidenciou a sua ambição para o libretista de Otello, Arrigo Boito. Boito não disse nada no momento, mas secretamente começou a trabalhar em um libreto baseado em As Alegres Comadres de Windsor com material adicional tirado de Henry IV, Parte 1 e Parte 2.
Muitos compositores já tinham aproveitado o tema para a música, com pouco sucesso, entre eles Carl von Dittersdorf Ditters (1796), Antonio Salieri (1799), Michael William Balfe (1835) e Adolphe Adam (1856). A primeira versão para garantir um lugar no repertório operístico foi Otto Nicolai da peça As Alegres Comadres de Windsor em 1849, mas o seu sucesso foi amplamente confinado a casas de ópera alemães.
Boito ficou duplamente satisfeito com o enredo de As Alegres Comadres, não só por ser uma peça de Shakespeare, mas por ter sido baseado, em parte, nos trabalhos do período trecento italiano - Il Pecorone por Ser Giovanni Fiorentino, e Decameron de Boccaccio. Boito adotou uma forma deliberadamente arcaica de italiano para "levar a farsa de Shakespeare de volta à sua fonte de dialeto toscano", como ele dizia. Ele aparou a trama para a metade de personagens, e deu ao personagem de Falstaff mais profundidade, incorporando dezenas de passagens de Henry IV.
Verdi recebeu o projeto do libreto algumas semanas mais tarde, provavelmente no início de julho de 1889, numa altura em que o seu interesse foi despertado pela leitura da peça de Shakespeare: "! Benissimo Benissimo ... Ninguém poderia ter feito melhor do que você", escreveu de volta.
Como Boito, Verdi amava e reverenciava Shakespeare. O compositor não falava inglês, mas freqüentemente relia as peças de Shakespeare em traduções italianas feitas por Carlo Rusconi e Giulio Carcano, leituras que mantinha ao lado da cama. Ele tinha estabelecido anteriormente adaptações operísticas de Shakespeare em Macbeth ( em 1847) e Othello (em 1887) e tinha considerado o Rei Lear como um tema e Boito já lhe tinha sugerido fazer Antony and Cleopatra.
Após o entusiasmo inicial, Verdi foi cometido de dúvidas, e no dia seguinte enviou outra carta a Boito expressando suas preocupações. Ele argumentou sobre "a idade avançada", sua saúde (o que ele admitia ser boa) e sua capacidade de concluir o projeto: "E se eu não for capaz de terminar a música?." Ele disse que o projeto poderia ser um desperdício de tempo, e distrair Boito de completar sua própria nova ópera (que se tornou Nerone). No entanto, como sua biógrafa Mary Jane Phillips-Matz observa é que "Verdi não podia esconder a sua satisfação com a idéia de escrever outra ópera".
Em 10 de julho de 1889, ele escreveu novamente a Boito:
"Amém, que assim seja! Então vamos fazer Falstaff ! Por enquanto, não vamos pensar nos obstáculos, na idade, nas doenças! Eu também quero manter o mais profundo segredo: a palavra que eu sublinhar três vezes para você (é para que ninguém deve saber nada sobre isso!). [Ele observa que sua esposa vai saber tudo, mas garante a Boito que ela pode guardar um segredo.] E continuou: "De qualquer forma, se você estiver com vontade, em seguida, pode começar a escrever".
Mesmo antes de completar a partitura, Verdi já estava, como de costume, trabalhando obsessivamente em todos os aspectos da produção. Parecia ter rejuvenescido trinta anos. Escolher os cantores corretos era uma de suas grandes preocupações, pois queria a ópera cantada de uma forma inovadora, "diferente das óperas cômicas modernas ou das velhas óperas bufas". Cuidou ele próprio dos cenários e da iluminação, além de especificar a quantidade de instrumentos para a orquestra e sua afinação específica para certas passagens. Supervisionou exaustivos ensaios pessoalmente durante meses.
Falstaff estreou no Scala 9 de fevereiro de 1893. Na plateia, repleta de jornalistas de todo o mundo, estavam o poeta Giosuè Carducci, o dramaturgo Giuseppe Giacosa, o compositor Pietro Mascagni e também Giacomo Puccini, apenas oito dias depois da estreia de sua Manon Lescaut. O triunfo foi indescritível. Ao final do espetáculo, os aplausos duraram quase uma hora.
Tudo que se sabe a respeito de sua composição, vem da pesquisa de estudiosos que se baseiam em remexer os documentos encontrados, como a partitura, mas principalmente pelas cartas da época. Assim, se sabe que o esboço original de Boito está perdido, mas sobreviveu a correspondência, o que mostra que a ópera acabada não ficou muito diferente de seus primeiros pensamentos.
As maiores diferenças estão num monólogo de Ford que foi transferido do ato 2 para a cena 1, e o último ato originalmente terminava com o casamento dos amantes do que com o vocal e animada fuga orquestral, que foi idéia de Verdi. Ele enviou uma carta a Boito em agosto 1889, dizendo-lhe que estava escrevendo uma fuga: "Sim, senhor! Uma fuga ... e uma fuga buffa!", que provavelmente poderia ser montada.
Verdi aceitou a necessidade de cortar a trama de Shakespeare para manter a ópera dentro de um período de tempo aceitável. Ele ficou triste, todavia, por ver a perda da segunda humilhação de Falstaff, vestido como a sábia mulher de Brentford para escapar da Ford. Verdi, como Boito, estava ansioso para fazer justiça a Shakespeare para "esboçar os personagens em alguns cursos, tecer a trama, extrair toda a enorme essência de Shakespeare ". Um crítico inglês, Richard Alexander Streatfeild (1866–1919), comentou sobre como Verdi conseguiu isso:
"A nota principal do personagem Falstaff é de uma elevada presunção. Se a sua crença em si mesmo fosse destruída, ele seria apenas um sensualista vulgar e debochado. Mas assim como se apresenta na ópera é um herói. Por um momento terrível, no último ato, a sua auto-satisfação vacila. Ele olha em volta e vê todos rindo dele. Pode ser que ele tenha se achado bobo. Mas não, ele exclama com uma inspiração triunfante, "che fa vi scaltri. L'arguzia mia crea l'arguzia degli altri" ("Eu não sou apenas espirituoso, mas o humor que está na sagacidade de outros homens", uma linha retirada de Henry IV, parte 2). Verdi pegou este toque e, na verdade, uma centena de outros em toda a ópera com surpreendente e delicadeza".
Em novembro, Boito completou o primeiro ato com Verdi em Santa'Agata, junto com o segundo ato, que ainda estava em construção: "Esse ato tem o diabo em suas costas, e quando você tocá-lo, ele irá incendiar", Boito exclamou. Eles trabalharam na ópera por uma semana, em seguida, Verdi e sua esposa Giuseppina Strepponi foram para Gênova. O primeiro ato foi concluído em março de 1890 e o resto da ópera não foi composta em ordem cronológica, como tinha sido a prática usual de Verdi.
O musicólogo Roger Parker comenta que esta abordagem fragmentada pode ter sido "uma indicação da independência relativa de cenas individuais. O progresso foi lento com a composição, realizada em rajadas curtas de atividade, intercaladas com períodos de longas pausas, em parte, causada pela depressão do compositor. Verdi estava com medo de ser incapaz de completar o jogo, e também pelas iminentes mortes de amigos íntimos, incluindo os condutores Franco Faccio e Emanuele Muzio.
Não houve nenhuma pressão sobre o compositor para ele se apressar, e como ele observou, no momento ele não estava trabalhando em uma comissão a pedido de uma casa de ópera em particular como ele tinha no passado, mas estava compondo para seu próprio prazer: "para escrever Falstaff , eu não pensei sobre qualquer teatros ou cantores". Ele reiterou essa idéia em dezembro de 1890, uma época em que seu espírito estava muito baixo após a morte de Muzio em novembro daquele ano: "Será que vou terminá-lo [Falstaff]? Quem sabe eu estou escrevendo sem qualquer pontaria, sem um objetivo, apenas para passar algumas horas do dia".
No início de 1891, ele estava declarando que não poderia terminar o trabalho naquele ano, mas em maio, expressou algum pequeno otimismo, dizendo que até meados de junho, tinha se transformado em: "The Big Belly [" pancione ", o barrigudo, o nome dado à ópera antes da composição de Falstaff se tornar de conhecimento público] está na estrada à loucura. Há alguns dias em que ele não se move, ele dorme, e está de mau humor. Em outros momentos, ele grita, corre, salta, e rasga o lugar à parte; Eu vou deixá-lo agir um pouco, mas se ele continuar assim, vou colocá-lo em um focinho e camisa de força".
Boito ficou muito feliz, e Verdi informou que ele ainda estava trabalhando na ópera. Os dois homens se reuniram em outubro ou novembro de 1891, após o que os Verdis foram para Gênova para o inverno. Ambos ficaram doentes lá, e dois meses de trabalho foram perdidos. Em meados de abril de 1891, a partitura do primeiro ato foi completada e em junho-julho, Verdi estava considerando os potenciais cantores para os papéis em Falstaff. Para o papel-título, ele queria Victor Maurel, o barítono que tinha cantado Iago em Otelo, mas a princípio o cantor procurou os termos contratuais que Verdi considerou inaceitáveis: "Suas exigências eram tão ultrajantes, exorbitantes, e incrível que nada mais havia para fazer, mas parar todo o projeto ". Eventualmente, eles chegaram a um acordo e Maurel foi lançado.
Em setembro Verdi tinha concordado em uma carta a seu editor da Casa Ricordi que o La Scala poderia apresentar a estréia durante a temporada de 1892-1893, mas que ele iria manter o controle sobre todos os aspectos da produção. Uma data de início de fevereiro foi mencionada junto com a exigência de que a casa estaria disponível exclusivamente depois de 02 de janeiro de 1893 e que, mesmo após o ensaio geral, ele poderia retirar a ópera: "Vou deixar o teatro, e [Ricordi] terá que tomar a partitura à distância ". Ao lado disso, Verdi se sentiu ofendido pela forma como o La Scala anunciou o programa do ano seguinte, no dia 7 de dezembro - " um revival de Tannhäuser ou Falstaff "- essas coisas ocorreram perto de janeiro de 1893 até a estreia no dia 9 de fevereiro de 1893.
O escritor Russ McDonald observa que em uma carta de Boito para Verdi como ele aborda as técnicas musicais utilizadas na ópera : como retratar os personagens Nannetta e Fenton: "Eu não consigo explicá-los, eu gostaria que fosse como o açúcar que se polvilha em uma torta e assim polvilhar toda a comédia com o amor feliz sem concentração em qualquer ponto."
A primeira apresentação de Falstaff foi no La Scala em Milão em 9 de fevereiro de 1893 e para esta primeira noite, os preços oficiais de ingressos foram trinta vezes maior do que o habitual. Realeza, aristocracia, críticos e importantes figuras das artes de toda a Europa estavam presentes. O desempenho foi um grande sucesso e no final os aplausos para Verdi e o elenco duraram uma hora. Isso foi seguido por uma recepção tumultuada quando o compositor, sua esposa e Boito chegaram no Grand Hotel de Milão.
Nos próximos dois meses, o trabalho foi apresentado em vinte e duas performances em Milão, e depois levado pela empresa original, liderada por Maurel, a Gênova, Roma, Veneza, Trieste, Viena e Berlim. Depois de Verdi e Strepponi deixarem Milão, em 2 de março, a Ricordi incentivou o compositor para ir para o desempenho planejado em Roma em 14 de abril, para manter a dinâmica e a emoção que a ópera tinha gerado. Os Verdis, junto com Boito, Stolz e Giulio Ricordi, juntamente com o Rei Umberto I e outras grandes figuras reais e políticos da época, participaram da apresentação em Roma. O rei introduziu Verdi para o público do camarote real com grande sucesso, "um reconhecimento e uma apoteose que a Verdi nunca tinha sido proposto antes", observa Phillips-Matz.
Durante essas primeiras performances, Verdi fez mudanças substanciais na partitura. Algumas delas alterava seu manuscrito, mas para outros musicólogos tiveram que contar com as inúmeras escores completos e as de piano posto por seu editor, Ricordi. Outras mudanças foram feitas para a estréia em Paris, em 1894, que também estão inadequadamente documentadas. Ricordi tentou manter-se com as mudanças, a emissão de nova edição após a edição nova, mas as partituras orquestrais e as de piano eram muitas vezes contraditórias entre si.
O estudioso de Verdi, James Hepokoski, considera que uma pontuação definitiva da ópera é impossível, deixando a empresas e condutores de escolher entre uma variedade de opções. Em um estudo de 2013, Philip Gossett discorda, acreditando que o autógrafo é essencialmente uma fonte confiável.
A primeira apresentação no exterior ficou em Trieste e Viena, em maio 1893. O trabalho foi dado nas Américas e na Europa. Antonio Scotti interpretou o papel título em Buenos Aires em julho 1893; Gustav Mahler conduziu a ópera em Hamburgo em janeiro 1894; uma tradução do russo foi apresentada em São Petersburgo no mesmo mês.
Paris foi considerado por muitos como a capital operística da Europa, e para a produção lá em abril 1894 Boito, que era fluente em francês, fez a sua própria tradução, com a ajuda de um poeta parisiense, Paul Solanges. Esta tradução, aprovada por Verdi, é bastante livre em sua prestação de texto original italiano de Boito. Boito, estava disposto a delegar as traduções em inglês e alemão para William Beatty Kingston e Max Kalbeck respectivamente.
A estreia em Londres, cantada em italiano, foi em Covent Garden em 19 de maio de 1894. O condutor foi Mancinelli, e Zilli e Pini Corsi repetiram as suas funções originais. Falstaff foi cantada por Arturo Pessina; Maurel jogou o papel no Covent Garden na temporada seguinte. Em 4 de fevereiro de 1895, o trabalho foi apresentado pela primeira vez no Metropolitan Opera, New York e Mancinelli realizou com um elenco incluindo Maurel como Falstaff, Emma Eames como Alice, Zélie de Lussan como Nannetta e Sofia Scalchi como Mistress Quickly.
Entretanto, após essas as audiências iniciais a excitação pela ópera diminuiu rapidamente. Um crítico contemporâneo resumiu tudo: "É esse o nosso Verdi? perguntavam-se. "Mas onde está o motivo ; onde estão as grandes melodias ... onde estão os habituais ensembles ; os finales ?" A obra assim foi desvalorizada e negligenciada até que o maestro Arturo Toscanini insistiu em seu renascimento no La Scala e do Metropolitan Opera, em Nova York.
Algumas pessoas sentiram que a peça sofreu com a falta das melodias e dos enredos cheios de sangue, que era considerado o melhor das óperas anteriores de Verdi, uma visão totalmente contrária da de Toscanini. O maestro Arturo Toscanini foi um forte defensor da obra, e fez muito para salvá-la de negligência. Ele foi nomeado diretor musical do La Scala em 1898, onde programou Falstaff desde o início do seu mandato. Quando nomeado para o Metropolitan Opera, em 1908, novamente restaurou Falstaff para a sua relação. Os condutores da geração após Toscanini continuaram com este seu trabalho incluiu Herbert von Karajan, Georg Solti e Leonard Bernstein. O trabalho agora é parte do repertório operístico regular.
Verdi fez inúmeras alterações à música após os primeiros desempenhos e os editores encontraram dificuldade em chegar a um acordo sobre um resultado definitivo. O trabalho foi registrado pela primeira vez em 1932, e recebeu posteriormente muitas gravações de estúdio e gravações ao vivo. Os cantores intimamente associados com o papel-título incluindo Victor Maurel (o primeiro Falstaff), Mariano Stabile, Giuseppe Valdengo, Tito Gobbi, Geraint Evans e Bryn Terfel puderam contribuir.
Uma questão recorrente é quanto, ou se em tudo, Verdi foi influenciado por Wagner por sua ópera cômica "Die Meistersinger". Na época da estréia este era um assunto delicado e muitos italianos eram hostis a música de Wagner, e formaram uma barreira de proteção de uma forma nacionalista da reputação de Verdi. No entanto, o novo estilo de Verdi foi marcadamente diferente do de seus trabalhos mais populares da década de 1850 e 1860, e parecia um pouco ter os ecos wagnerianos.
Toscanini, que fez mais do que ninguém para trazer Falstaff ao repertório operístico regular, falou de "a diferença entre Falstaff, que esta é a obra-prima absoluta, e Die Meistersinger, é uma ópera wagneriana excelente..." Toscanini reconheceu que esta era a visão de muitos, mas ele acreditava que o trabalho podia ser considerado como a maior ópera de Verdi e disse: "Eu acredito que vai demorar anos e anos antes do público em geral compreender esta obra-prima, mas quando acontecer, realmente sei que ele vai correr para ouvi-lo como fazem agora com Rigoletto e La traviata ".
Toscanini retornou ao La Scala em 1921 e manteve-se no comando lá até 1929, apresentando Falstaff em cada estação. Ele pegou o trabalho para a Alemanha e Áustria no final dos anos 1920 e os anos 1930, conduziu-o em Viena, Berlim e em três sucessivos Festivais de Salzburgo. Entre aqueles inspirados por performances de Toscanini foram Herbert von Karajan e Georg Solti, que estavam entre seus 'répétiteurs' em Salzburg. Colega mais novo de Toscanini, Tullio Serafin, continuou a apresentar o trabalho na Alemanha e na Áustria, depois que Toscanini se recusou a realizar ali por causa de seu ódio ao regime nazista.
Quando Karajan estava em posição de fazê-lo, acrescentou Falstaff ao repertório em sua companhia de ópera em Aachen em 1941, e permaneceu um defensor do trabalho para o resto de sua carreira, apresentando-o com freqüência, em Viena, Salzburg ou em outro lugar, a fazer gravações de áudio e vídeo do mesmo. Solti também tornou-se associado ao Falstaff, assim como Carlo Maria Giulini e ambos conduziram muitas performances do trabalho na Europa continental, Grã-Bretanha e nos EUA e fez várias gravações.
Leonard Bernstein conduziu o trabalho no Met e a Ópera Estatal de Viena. A defesa destes e condutores posteriores deu ao trabalho um lugar assegurado no repertório moderno. No entanto, continua a haver uma opinião expressa por John von Rhein em The Chicago Tribune em 1985: " Falstaff provavelmente sempre vai cair na categoria de "ópera de connoisseur ' ao invés de tomar o seu lugar como um dos favoritos popular na ordem de La Traviata ou Aida. "
Em Falstaff, estão presentes todas as qualidades de Verdi, cuidadosamente buriladas ao longo dos anos, assim como estão excluídos todos os seus defeitos. As ideias musicais se sucedem num turbilhão, encadeadas umas nas outras, com enorme velocidade de transformação. Sua linguagem musical é luminosa e feliz, transbordando de jovialidade e de juventude, mas só poderia ter sido concebida por um autor seguro e experiente, com dezenas de anos de convívio íntimo e cotidiano com a música, e principalmente dono de grande sabedoria, como apenas um octogenário pode ser.
A música nasce diretamente das palavras do libreto, e os motivos orquestrais derivam, na maioria das vezes, daquilo que as vozes cantaram. E o canto flui, contínuo e flexível, abandonando completamente as formas fixas como árias ou cavatinas. Os cantores se expressam num estilo quase declamado, já presente em certas passagens de Otello. Conforme a necessidade dramática, as declamações se transformam em breves canções, monólogos ou ariosos, sem nenhuma relação com as regras do passado.
Assim, Verdi cria, na velhice, um estilo de comédia lírica completamente novo, revolucionário, que se esperaria fosse obra de algum jovem compositor imbuído de ideais. A influência desse novo estilo se manifestará com frequência no século XX e seu exemplo mais evidente é o Gianni Schicchi pucciniano. Este talvez seja um grande paradoxo: para o estabelecimento de uma nova linguagem vocal, fluida, livre e moderna, Verdi regressa aos primórdios da ópera, aos princípios do recitar cantando estabelecidos pela Camerata Fiorentina.
Personagens:
Sir John Falstaff, um cavaleiro gordo barítono
Ford, um homem rico barítono
Alice Ford, sua esposa soprano
Nannetta, sua filha soprano
Meg Pájem meio-soprano
Mistress Quickly contralto
Fenton, um dos pretendentes de Nannetta tenor
Dr Caio tenor
Bardolfo, um seguidor de Falstaff tenor
Pistola, um seguidor de Falstaff baixo
Anfitrião da mina da Jarreteira Inn Silencioso
Robin, pájem de Falstaff Silencioso
SINOPSE:
A ação se passa em Windsor, na Inglaterra, durante o reinado de Henrique IV, no século XV.
Ato I
CENA 1 - A Taverna e Hospedaria da Jarreteira
Depois de uma lauta refeição, Sir John Falstaff, um cavaleiro muito gordo, está fechando duas cartas. Entra o Dr. Caius, médico da aldeia, e acusa Falstaff de haver arrombado sua casa. Acusa também Bardolfo e Pistola, os criados de Falstaff, de terem-no embriagado para depois roubá-lo. Falstaff, imperturbável, dispensa o médico sem lhe dar maiores satisfações.
Falstaff não tem mais dinheiro para as elevadas contas da taverna. Para resolver essa situação, expõe um plano a seus dois criados: tentará conquistar duas belas comadres de Windsor, Alice Ford e Meg Page, que detém as chaves dos cofres dos maridos e controlam as finanças de suas respectivas casas. O enorme cavaleiro tem absoluta confiança em seu poder de sedução. Ordena aos servos que entreguem rapidamente as cartas dirigidas às senhoras. Bardolgo e Pistola se recusam, alegando que a honra os impede. Falstaff fica furioso, envia um pajem em seu lugar e faz um discurso dizendo que a honra não tem nenhum sentido nem finalidade prática. A seguir, despede os dois empregados de seu serviço.
CENA 2 - Um jardim, perto da casa de Ford
Entra Meg Page, acompanhada de sua amiga Quickly, e Alice Ford, ao lado de sua filha Nannetta. Alice e Meg comparam as cartas de amor que receberam de Falstaff: são idênticas, a não ser pelo nome de cada uma. As alegres comadres decidem pregar uma peça em Falstaff, para castigá-lo por sua audácia.
Ao mesmo tempo, para vingar-se de Falstaff, os dois criados despedidos vão procurar Ford, que é muito ciumento, e lhe contam sobre a iniciativa de seu ex-patrão. O Dr. Caius e o jovem Fenton se oferecem para ajudar Ford a punir Falstaff.
Nannetta e Fenton, que estão apaixonados, enquanto os dois grupos, o das mulheres e os dos homens, conspiram em separado contra o cavaleiro pançudo. Finalmente, o grupo feminino decide que Quickly se fingirá de alcoviteira, marcando um encontro entre Falstaff e Alice, que é na verdade uma armadilha. Por sua vez os homens decidem que Ford se apresentará a Falstaff com um nome falso, para tentar extrair dele a verdade.
Ato II
CENA 1 - A Taverna e Hospedaria da Jarreteira
Bardolfo e Pistola, agora a soldo de Ford, simulam arrependimento e voltam a servir Falstaff. Chega Quickly, que demonstra exagerado respeito pelo fidalgo barrigudo, e diz que Alice o espera em sua casa, ente duas e três horas, horário em que Ford costuma sair. A seguir, Quickly diz a Falstaff que também Meg recebeu uma carta sua, mas que o marido dela dificilmente se ausenta. Quickly garante a Falstaff que ambas as comadres estão loucamente apaixonadas por ele, e que uma nada sabe do interesse da outra. Contentíssimo consigo mesmo, Falstaff dá uma gorjeta a Quickly e ela parte.
Chega agora Ford que se apresenta como o Senhor Fontana e traz um garrafão do precioso vinho de Chipre para deleite do gordo beberrão. Dizendo-se milionário, o falso Fontana confessa a Falstaff que está apaixonado por Alice Ford, mas ela, esposa muito virtuosa, não lhe dá a mínima atenção. Fontana pagaria qualquer soma e como prova presenteia o Cavaleiro com uma sacola de moedas para ver Falstaff, que todos sabem ser um irresistível sedutor, conquistar Alice.
Se ela pecar uma vez com Falstaff, poderá pecar a segunda com o milionário enamorado. Falstaff deve abrir o caminho para ele. Falstaff lhe garante que ela está quase conquistada, vai encontrá-la entre duas e três horas, horário em que o marido sai todos os dias. A seguir, Falstaff vai trocar de roupa. Ford, sozinho, se desespera com a notícia, mas sabe conter-se, e quando Falstaff regressa, deixam a hospedaria juntos, como bons amigos.
CENA 2 - Um jardim, perto da casa de Ford
Aguardando a chegada de Falstaff, as alegres comadres preparam uma enorme cesta de roupa suja. A intenção é fazer com que o pançudo conquistador entre dentro da cesta, que depois será atirada num fosso do Rio Tâmisa. A única pessoa triste é Nannetta, pois o pai acabou de dizer-lhe que ela deverá se casar com o velho Dr. Caius. As comadres, entretanto, prometem ajudá-la a escapar. Enquanto as outras se escondem para vigiar e espiar, Alice fica sozinha para receber Falstaff, que ao chegar, passa a fazer-lhe a corte.
Quickly entra correndo, dizendo que Meg chegou e quer lhe falar com urgência. Falstaff se esconde rapidamente atrás de um biombo. O plano concebido pelas comadres ameaça fugir de controle. Meg avisa Alice que Ford vem vindo furioso, para surpreender sua mulher com o rival. Entram Ford, Bardolfo, Pistola, Caius e um bando de empregados. Frenético, Ford examina a cesta, mas só acha roupa suja, e leva todos os seus para procurar o gordo fidalgo nos outros aposentos da casa. Enquanto Alice sai rapidamente para chamar dois criados, Meg, fingindo grande surpresa por ali encontrar Falstaff, ajuda-o a entrar na cesta com seu corpanzil.
Enquanto isso, Fenton e Nannetta se escondem atrás do biombo e beijam-se apaixonadamente, sem se dar conta de mais nada. Nisso, retornam Ford e seus companheiros. Não encontraram ninguém. Ouvindo ruídos atrás do biombo, os homens se aproximam pé ante pé, esperando surpreender Falstaff e Alice, mas encontram Nannetta e o namorado. Ainda mais colérico, Ford diz a Fenton que sua filha não é para ele. Olhando pela janela, Bardolfo e Pistola tem a impressão de ver Falstaff ao longe, nas escadarias. Dado o alarme, todos saem correndo.
Alice volta, e manda um pajem chamar o marido para presenciar o que vai acontecer e dissipar suas dúvidas tolas. Com a ajuda dos criados e das comadres, atira a cesta na fossa com Falstaff dentro pela janela. O ato termina com uma grande gargalhada.
Ato III
CENA 1 - O exterior da Taverna da Jarreteira
O dia está anoitecendo e Falstaff está sentado num banco. Ele rememora com amargura os fatos acontecidos, e se consola com uma grande taça de vinho quente. Ford, Alice, Caius, Nannetta, Meg e Fenton espiam escondidos no outro lado da praça. Todos, de comum acordo, querem pregar uma grande peça em Falstaff.
Entra Mrs. Quickly, que consegue convencer Falstaff da inocência de Alice em tudo o que aconteceu. Tanto é verdade, diz Quickly, que Alice quer encontrar-se novamente com ele. Ela o esperará à meia-noite, junto do velho carvalho de Heine, lugar no qual, segundo a crendice, os espíritos e fadas se reúnem à noite. Para dar mais tempero à aventura, Falstaff deverá vir vestido como o Caçador Negro, personagem de uma velha e assustadora lenda popular.
Falstaff cai como um patinho, e entra com Quickly na taverna para conversar melhor. As outras comadres passam a combinar os detalhes da farsa. Vão se fantasiar de fadas e bruxas, para dar um grande susto no comilão. Enquanto isso, Ford declara a Caius que aproveitará a ocasião para fazê-lo desposar sua filha Nannetta. Quickly, porém, ouviu a conversa dos dois.
CENA 2 - O Parque de Windsor à noite
O grande carvalho de Herne está ao centro. Fenton, sozinho, canta seu amor por Nannetta. Ela lhe responde ao longe, e depois entra, já fantasiada de Rainha das Fadas. Chega Alice, acompanhada de Quickly vestida de bruxa, e Meg mascarada. Alice coloca uma máscara e um manto de frade em Fenton.
Soa a meia-noite. Todas se escondem e entra Falstaff, com a roupa do Caçador Negro: um grande manto e um capacete com dois grandes chifres de cervo na cabeça. Volta Alice, fingindo-se enamorada dele. Mas um grito de Meg interrompe o idílio: a legião dos espíritos, duendes, bruxas e fadas se aproximam!
Alice finge fugir, e Falstaff se esconde atrás do grande carvalho. Entra Nannetta, disfarçada de Rainha das Fadas, à frente de uma série de moças fantasiadas. Falstaff diz para si próprio: "São as fadas! Quem as vir morrerá!" Aterrorizado, ele se joga no chão, escondendo o rosto no solo.
Após a Dança das Fadas, entram todos os outros que querem vingar-se ou caçoar de Falstaff. Ele é insultado, cutucado, beliscado, rolam-no no chão, e fazem com que ele peça perdão por suas culpas. No auge da brincadeira, o gordo cavaleiro reconhece Bardolfo, cujo capuz caiu, e compreende que foi enganado. Resignado, Falstaff acata pacientemente a caçoada de todos.
Mas ele não será o única ludibriado. O final da mascarada, que segundo os planos de Ford deveriam ter como apoteose o casamento de Nannetta com o Dr. Caius, tem um resultado muito diferente. Graças às artes de Quickly e Alice, um outro casal pede também para receber as bênçãos do matrimonio. Após a cerimônia, quando as máscaras e os véus são removidos, Ford percebe que abençoou a união de sua Nannetta com Fenton, enquanto o Dr. Caius casou-se com... Bardolfo! Nada resta a Ford senão manter a palavra dada. Convida a todos para jantar com Sir John Falstaff, a quem cabe dizer: "Ri melhor quem ri por último!"
Trechos de destaque:
"L'onore! Ladri!" - Sir John Falstaff no Ato I, Cena 1
"È sogno? o realtà" - Ford no Ato II, Cena 1
"Va, vecchio John" - Sir John Falstaff no Ato II, Cena 1
"Quand'ero paggio del Duca di Norfolk" - Sir John Falstaff no Ato II, Cena 2
"Dal labbro il canto estasiato vola" - Fenton no Ato III, Cena 2
"Sul fil d'un soffio etesio" - Nannetta no Ato III, Cena 2
L'onore! Ladri!" - Sir John Falstaff no Ato I, Cena 1
"È sogno? o realtà" - Ford no Ato II, Cena 1
"Va, vecchio John" - Sir John Falstaff no Ato II, Cena 1
"Quand'ero paggio del Duca di Norfolk" - Sir John Falstaff no Ato II, Cena 2
"Dal labbro il canto estasiato vola" - Fenton no Ato III, Cena 2
""Sul fil d'un soffio etesio" - Nannetta no Ato III, Cena 2
Ópera completa
Que pena, mas acabamos com as óperas de Verdi. Para mim, foram deliciosos os momentos dedicado a elas. Tchau!
Tchau Verdi!
Levic
Espetacular! Melhor & + abrangente artigo sobre FALSTAFF de GIUSEPPE VERDI que tive o privilégio de ĺer. Parabéns
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