Jacques-François Fromental Elias Halévy (1872-1962) nasceu em Paris, numa família judaica com raízes na Espanha pré-inquisitória. Ele ingressou no conservatório aos 11 anos e tornou-se o aluno favorito do compositor italiano operístico Cherubini.
Ao vencer o prestigioso Prix du Rome em 1819, o jovem pôde viajar à Itália e, mais tarde, à Viena, onde conheceu Beethoven.
Apesar de suas obras atualmente terem sido esquecidas, já foi considerado uma das principais figuras artísticas da França. No decorrer de sua carreira, ele escreveu 40 óperas, abarcando diversos gêneros musicais.
Ao lado de Meyerbeer e Auber, foi um dos compositores mais importantes e bem sucedidos do período da Grand Opéra.
Halévy continuou produzindo óperas de grande sucesso durante o resto de sua vida, incluindo “Charles VI”,” La Reine de Chypre”,” La guittarerro “ e “Jaguarita l’Indienne”. Não obstante, quase nenhuma obra de Halévy conquistou cadeira permanente no repertório operístico internacional.
"La Juive"( A Judia) é uma ópera em cinco atos de Jacques François Halévy. A ação está na cidade de Constança. O Príncipe Leopold, disfarçado, e fingindo ser da fé israelita, procura ganhar o afeto de Rachel, filha de Eleazar, um judeu rico. Entretanto, as coisas se complicam. Desta ópera ouviremos a ária cantada por Placido Domingo "Rachel, quand du Seigneur", que é muito bonita:
A mesma ópera agora na voz de Roberto Alagna.
Halévy gozou de uma vida social ativa e muitas honrarias públicas, incluindo o posto de secretário permanente do Instituto de France. Bizet, o criador de Carmem, foi seu genro. Halévy também era escritor, com livros publicados sobre uma variedade de assuntos. Ele morreu em Nice, aos 63 anos de idade.
Adolphe Charles Adam (1803 - 1856) foi um compositor francês. Estudou e trabalhou em Paris, no Conservatório desta cidade, de 1829 a 1852. Estreou inúmeras óperas cômicas, de que “Le Postillon de Longjumeau” (1836), “Le Toréador” e “Si j' étais rói “(1852) são exemplos. Muita música destinada ao ballet teve sucesso nas mãos deste compositor, inclusive o famoso "Giselle".
"Mes amis, écoutez l'histoire.."da ópera “Le Postillon de Longjumeau”.Ver no link:
http://www.youtube.com/watch?v=wuSEA9npjXg
Nicolai Gedda como "Chapelau" na ópera "Le postillon de Lonjumeau",com a "The Royal Opera of Stockholm"em 1952.
Édouard-Victoire-Antoine Lalo (1823 -1892) foi um compositor francês de ascendência espanhola.
Participou na sua juventude, na atividade musical do conservatório da cidade. Aos 16 anos, estudou no Conservatório de Paris e durante vários anos, trabalhou como professor, em Paris.
Lalo despertou o seu interesse pela ópera que o levou a compor obras para o palco.
Sua ópera "Le Roi d'Ys" tem uma bela ária cantada aqui no vídeo por Florian Laconi.
Morreu em Paris com 69 anos de idade, com várias obras inacabadas.
Alexis Emmanuel Chabrier (1841 -1894) foi um compositor francês da era romântica.Chabrier estudava piano como amador desde os seis anos de idade, e mostrava-se muito habilidoso como compositor, mas seu pai obrigou-o estudar Direito.
A sua vida profissional começou com um cargo no Ministério do Interior em 1862.
Mas em 1879 visitou a Alemanha e ao assistir à ópera Tristão e Isolda, de Richard Wagner, ficou muito impressionado com a obra, e decide se dedicar inteiramente à música, pedindo demissão do ministério em que trabalhava.
No período em que estava trabalhando no ministério, Chabrier compôs suas primeiras óperas:” L'Étoile”, em 1877, e “Une Éducation manquée”, em 1879.
Stéphanie d' Oustrac canta a ária de Lazuli da ópera-bufa L'étoile.
Era um típico homem de cultura do romantismo. Partilhava com os parnasianos um espírito de humor na sua visão crítica da sociedade, privando com os grandes mestres da pintura impressionista como Renoir, Monet e Manet e na música recebeu a influência de diversos compositores franceses, principalmente de Claude Debussy, Maurice Ravel e Francis Poulenc.
O estilo de Chabrier é muito variado: harmonias de ópera wagneriana, espírito melódico de opereta, melodias tradicionais, criações divertidas.
Há de tudo um pouco nas suas óperas, peças orquestrais, obras para piano, canções e outras obras vocais.
E assim essa tendência do romantismo que se manifesta nas artes , na literatura , na música nasce na Alemanha, e depois na Inglaterra e na Itália, mas é na França que ganha força e é de lá que se espalha pela Europa e pelas Américas.
Opõe-se ao racionalismo e ao rigor do neoclassicismo. Caracteriza-se por defender a liberdade de criação e privilegiar a emoção. As obras valorizam o individualismo, o sofrimento amoroso, a natureza, os temas nacionais e o passado.
Levic
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