sábado, 25 de junho de 2011

sexta-feira, 10 de junho de 2011

102- Polônia - séc. XX - Krzysztof Pendereck


Krzysztof Penderecki nasceu em Debica ( Este de Cracóvia) a 23 de novembro de 1933, filho de um advogado e violinista amador, cedo começou a estudar violino e piano, sendo admitido no Conservatório de Cracóvia aos 18 anos de idade e estudando paralelamente filosofia e história da arte e da literatura na universidade.

Suas primeiras obras eram enquadradas na chamada música de vanguarda. Tempos depois, contudo, Penderecki passou a escrever obras com uma estética mais conservadora, retornando ao sistema tonal, eventualmente utilizando alguns elementos atonais. Sua música se enquadra no período denominado classicismo pós-moderno. É um dos poucos compositores contemporâneos renomados entre o grande público.

A partir de 1954, estuda composição na Academia Nacional de Música de Cracóvia, primeiro com Artur Malewski e depois com Stanislav Wiechowicz. Diplomou-se em 1958, começando então a lecionar na Escola Superior de Música.

Em 1959, as suas três obras, "Strophen", "Emanations" e "Salmos de David", conquistaram primeiros prêmios no 2º Concurso para Jovens Compositores Polacos de Varsóvia, promovido pela União dos Compositores.

No anos seguinte, a sua peça Anaklasis, para 42 instrumentos de cordas e percussão, estreada pela Orquestra da Rádio do Sudoeste da Alemanha, sob a direção de Hans Rosbaud, no Festival de Donaueschingen, foi entusiasticamente recebida pela imprensa.

Com estas obras e outras que se seguiram, em rápida sucessão, como "Dimensions of Time and Silence", "Threnody" (Prêmio UNESCO em 1961), "Polymorphia", "Fluorescences", "Quarteto para Cordas Nº 1", "Dies Irae" (em memória das vítimas de Auschwitz - Prêmio Itália 1968) e "Stabat Mater" (para três coros mistos a cappella, que mais tarde integraria a Paixão Segundo São Lucas, estreada em 1966 na catedral de Münster), Penderecki tornou-se um compositor conhecido e admirado internacionalmente. Pela composição da Paixão Segundo São Lucas recebeu o Prêmio Itália em 1967e no mesmo ano, recebeu também a Medalha de Ouro Sibelius.

De 1966 a 1968, Krzysztof Penderecki lecionou na Escola Superior de Essen Folkwang e durante esse período começou a trabalhar intensamente na sua primeira ópera "The Devils of Loudun" - Os Demônios de Loudun - (baseada num livro de Aldous Huxley), que após a sua estreia na Ópera de Hamburgo, em 1969, foi apresentada com grande sucesso em muitos teatros de todo o mundo.

A sua ópera "Os Demônios de Loudun" (Die Teufel von Loudun) é composta de três atos, cujo libreto é dele mesmo, com base na adaptação teatral feita por John Whiting, do livro "The Devils of Loudun" de Aldous Huxley, com a tradução alemã de Erich Fried. Estreou em 1969 em Hamburgo. Penderecki valendo-se dos meios musicais, e não exclusivamente cênicos, sabe produzir uma reação desejada, fazendo manipular as reações da plateia.

Em seu romanc, Huxley analisa o fenômeno das irmãs ursulinas (Ordem de Santa Úrsula) que se diziam possuidas pelo demônio, como manifestação da necessidade humana de transcendência, estando entre outras possíveis manifestações como a bebida, as drogas e as aventuras sexuais. O autor também estabelece um paralelo entre a caça às bruxas de que foi vítima Urbain Grandier e as perseguições semelhantes dos tempos modernos. Grandier é um mártir cristão e é esta paixão que testemunhamos na ópera.

As tragédias pessoais de Grandier (o páraco da igreja) e de madre Jeanne, cuja fixação no pároco a leva a sonhos e frustrações sexuais, acaba por conduzi-la a ver nele um comparsa do diabo, um comerciador do demônio e assim injustamente ele é condenado, tornando-se ela a sua mais fiel acusadora. Grandier, que é o defensor do espírito de independência da cidade, opondo-se ao cardeal Richelieu e a seus seguidores, será conduzido à morte, aproveitando os motivos espirituais de que é acusado para encaixá-lo em outros como os políticos e os sociais. As autoridades insuflam o povo a ver em Grandier um grande inimigo, e a última cena é bastante chocante com a sua execução.






As três óperas seguintes: "Pradise Lost" (baseada num peça de John Milton, estreia em Chicago, em 1978), "Die schwarze Maske" (baseada numa peça Gerhart Hauptmann e estreia no Festival de Salzburgo, em 1986) e ainda"Ubu Rex" (baseada na peça Ubu Roi de Alfred Jarry, estreia em Munique, pela Ópera da Baviera, em 1991), que obtem grande êxito e aplauso dos críticos.

Em 1970 recebeu o Prêmio da União dos Compositores Poloneses. Em 1972 assumiu o cargo de reitor da Escola Superior de Música de Cracóvia e de 1973 a 1978 foi professor na Universidade de Yale, New Haven. Durante estes anos, Penderecki rapidamente passou a ser também admirado e respeitado como maestro das suas próprias composições e das de outros compositores.

Em 1970 recebeu o Prêmio da União dos Compositores Poloneses. Em 1972 assumiu o cargo de reitor da Escola Superior de Música de Cracóvia.

De 1973 a 1978 foi professor na Universidade de Yale, New Haven. Durante estes anos, no curso de extensas digressões mundiais, Penderecki rapidamente passou a ser também admirado e respeitado como maestro das suas próprias composições e das de outros compositores.

Krzysztof Penderecki recebeu outros prêmios pelas suas cinco sinfonias, pequenas peças orquestrais, concertos para instrumento solista e orquestra, música de câmara e numerosas obras vocais, nomeadamente o Prêmio Honegger em 1977 (Magnificat), o Prêmio Sibelius da Fundação Wihouri e o Prémio Nacional da Polónia em 1983, o Prêmio Lorenzo Magnifico em 1985, e o University of Louisville Grawemeyer Award for Music Composition em 1992 (Adagio-Symphony Nº. 4), entre outros.

Em 1998 foi distinguido com o "Composition Award of the Promotion Association of the European Industry and Trade", prêmio que lhe foi entregue a 10 de setembro, por ocasião do Festival Penderecki de Cracóvia e em 1999 recebeu o Prêmio de Música da Cidade de Duisburg.

Em 2000, o Cannes Classical para o "Compositor Vivo do Ano"; em 2001 o Prêmio Príncipe das Astúrias para as Artes e em 2002 o Prêmio Romano Guardini da Academia Católica da Baviera.

Krzystof Penderecki recebeu doutoramentos honorários de numerosas universidades, incluindo as de Georgetown, Washington D. C., Pittsburgh, Glasgow, Rochester, Bordéus, Leuwen, Belgrado, Madrid e Poznán e é professor honorário do Conservatório Tchaikovsky de Moscovo e do Conservatório de Beijing, na China.

É ainda membro honorário da Royal Academy of Music (Londres), da Accademia Nazionale di Santa Cecilia (Roma), da Kungliga Musikaliska Akademien (Estocolmo), da Akademie der Künste (Berlim), e da Academia Nacional de Bellas Artes (Buenos Aires).


Levic

quarta-feira, 8 de junho de 2011

101- Polônia - séc. XX - Szymanowski


Karol Szymanowski (03.10.1882 – 29.03.1937) foi o compositor polonês mais famoso da primeira metade do século 20 e um dos maiores compositores europeus de seu tempo. A música de Szymanowski, com a marca dominante de sua personalidade, reflete os principais estilos e tendências estéticas da época.

Karol Szymanowski conseguiu criar um valor artístico novo e, em sua obra, homogeneizar a tradição européia e antiga com muitas das referências à cultura árabe. Foi muito ativo ao promover as obras de compositores jovens.

O compositor polonês e cidadão europeu Szymanowski visitou quase todos os países do velho continente, passando ainda pelo norte da África. Em 1912, domiciliou-se em Viena, Áustria. Após a independência da Polônia, em 1918, Szymanowski estreitou suas ligações com a pátria e, com grande intensidade, continou sua atividade nos concertos.

Entre 1927 e 1929, foi reitor do Conservatório de Varsóvia, ocupando o mesmo cargo na Escola Superior da Música, entre 1930 e 1932.
Suas últimas composições incorporaram, cada vez mais, os elementos da música folclórica das regiões polonesas.

Por causa de problemas de saúde , a tuberculose, em 1930, mudou-se para um ‘spa’ nas montanhas Tatry, em Zakopane, no sul da Polônia, domiciliando-se na famosa residência “Atma”. Apesar deste problema, continou um programa intensivo de concertos em toda a Europa.
A doença incomodava cada vez mais Szymanowski, que passava muito tempo em tratamento. Morreu num ‘spa’ em Lousanne, Suíça, em março de 1937.

As obras de Karol Szymanowski somam mais de 100 composições que continuam a ser a inspiração para as novas gerações de músicos em todo o mundo. Suas composições fazem, obrigatoriamente, parte dos repertórios das maiores estrelas mundiais da música.

A ópera “Rei Roger”, cujo libretto foi escrito pelo famoso autor polonês Jaroslaw Iwaszkiewicz, com certeza, destaca-se entre as outras obras de Szymanowski como as do ballet “Harnasie”, “Stabat Mater” e as sinfonias n. 3 e 4. As composições de câmara, para piano e violino, assim como as canções, ocupam um lugar especial na obra de Szymanowski.

Sua ópera mais conhecida é a "Kröl Roger" (O Rei Roger), que é uma ópera em três atos, tendo sua estreia em Varsóvia em 1926 e estando no papel principal a famosa Stanislava Korwin-Szymanowska, irmã do compositor.
Esta é a sua segunda ópera. A primeira- "Hagith "(1912 e estreada em 1922) tem apenas um ato e enredo sombrio, inspirado em Salomé.

A ópera representa também o conflito entre os ideais cristão e pagão. A voz de um misterioso deus faz-se ouvir através de um pastor, que se apresenta ao rei cristão Roger. Todos o rejeitam, exceto a rainha Roxana que, obedecendo aos seus impulsos, dá crédito ao mensageiro. O rei tenta aprisioná-lo, mas fica surpreso diante de um fenômeno.
A música revela uma certa opulência.





Como o compositor viajou muito, desenvolveu um gosto particular pelas coisas do Oriente, que com sua beleza de uma noite enigmática e sublime só pode ter um equivalente europeu na Sicília, região que tanto pertence ao Ocidente como ao Oriente. Daí o compositor manisfestar seu entusiasmo pelas belezas da Sicília, onde se passa a história no século XII, envolvendo elementos gregos, árabes, bizantinos e latinos que formavam a Sicília até o século XII, com homens de diferentes credos.



O Governo da República da Polônia, em homenagem ao seu grande compositor, declarou o ano de 2007 como o “Ano de Karol Szymanowski”, no 125º aniversário de seu nascimento e 70º aniversário de sua morte.

Levic

segunda-feira, 6 de junho de 2011

100- República Tcheca - séc. XX - Bohuslav Martinu


Bohuslav Martinu ( 8 de dezembro, 1890 – 28 de agosto, 1959) foi um prolífico compositor da Boêmia , atualmente República Tcheca, que escreveu sinfonias, óperas e ballets.

Desde muito novo viu o seu destino ligado à música. Aos 8 anos tocava regularmente violino e aos 10 anos já compunha, tendo sido estudante do Conservatório de Praga. Foi aluno em Paris de Albert Roussel, o qual exerceu influência decisiva em sua evolução. Ele compôs nada menos que 17 óperas, duas delas para rádio e duas para televisão.

Em 1923, parte para Paris, onde permaneceu até 1940, em condições materiais difíceis, fazendo parte de uma orquestra de músicos estrangeiros, chamada Escola de Paris. Embora ele tenha frequentado a escola de Praga, na verdade foi em Paris que firmou os seus estudos, sendo considerado até como autodidata. Em Paris, nos anos 30, ele começou a trabalhar com o poeta surrealista francês Georges Neveux, que se dizia um anarquista.

Com a ocupação nazista em Paris, ele vai para a Espanha e depois para os Estados Unidos, onde obteve sua cidadania americana.

Fez dezessete óperas, mas nem todas são tão conhecidas. São elas:

1926-1927 - Voják a tanečnice (Soldier and Dancer libreto de J.L. Budín, pseudônimo de Jan Löwenbach
1928 - Les Larmes du couteau (Tears of the Knife) libreto de Georges Ribemont-Dessaignes
1928-1929 - Les Trois Souhaits (Three Wishes or Inconstancy of the Life) (film-opera) libreto de Georges Ribemont-Dessaignes
1929 - Le Jour de bonté libreto de Georges Ribemont-Dessaignes
1931 - Der Wohltätigkeitstag (Day of Kindness)
1933-1934 - Hry o Marii (The Miracles of Mary libreto de Vítězslav Nezval, Henri Ghéon, Vilém Závada, Julius Zeyer
1935 - Hlas lesa (The Voice of the Forest) (Radio-opera libreto de Vítězslav Nezval
1935 - Veselohra na mostě (Comedy on the Bridge) (Radio-opera) libreto de Václav Kliment Klicpera
1936 - Divadlo za bránou (Theatre Behind the Gate libreto de Leo Štraus, Jean-Gaspard Debureau, Molière
1937 - Julietta (Julietta (The key to Dreams) libreto de Snář, pseudônimo de Traumbuch; Georges Neveux
1937 - Alexandre bis (Alexander Twice libreto de André Wurmser
1951-1952 - What Men Live by libreto de Leo Tolstoi
1952 - The Marriage libreto de Nikolaj Gogol
1953 - Plainte contre inconnu (Accusation Against the Unknown) libreto de Georges Neveux
1953-1954 - Mirandolina libreto de Carlo Goldoni
1954-1957 - The Greek Passion libreto de Nikos Kazantzakis
1958 - Ariane libreto de Georges Neveux «Le Voyage de Thésée».

Entretanto as mais conhecidas e de sucesso são "Julieta" ou "A Chave dos Sonhos" e "A Paixão Grega".


"A Chave dos Sonhos" é uma ópera em três atos, baseada na peça Juliette ou La Clé des Songes, de Georges Neveux, tendo tido sua estreia em Praga em 1938. O espectador tem plena liberdade para entender a ópera como quiser. Trata-se de um poema filosófico sobre a natureza humana e a experiência de um sonho em que todas as pessoas, ou todas as situações, por mais nitidamente caracterizadas, são projeções do inconsciente daquele que sonha, mostrando assim, as oscilações de uma mente entre a razão e a loucura.






"A Paixão Grega" é uma ópera em quatro atos, com o libreto baseado no romance de "O Cristo Recrucificado" de Nikos Kazantzakis, com a estreia em Zurique em 1961. O próprio compositor condensou o livro de 400 páginas do romance em 40 do libreto. Neste trabalho de redução desprezou aspectos importantes. Mas a ópera despertou interesse de Herbert Karajan para apresentá-la no Covent Garden e na Ópera de Viena. Entretanto, isso exigiu um laborioso processo de recomposição. Desse modo, a ópera estreou quase dois anos depois da morte do compositor.





Um trecho da ópera "Ariadne":



Sob a direção de Pavel Urbánek:



Bohuslav Martinu é um dos mais criativos e encantadores compositores do século 20 , mas não muito reconhecido. De fato, a reputação de Martinu foi influenciada por não ter tido um vigor musical por causa do seu constante exílio: de início, Paris; depois, EUA; no final, Suíça e Itália. Tal andança tornou a música de Martinu mais cosmopolita e bem-comportada que a de Janácek, suavizando em grande parte o “aroma tcheco”.

Levic

domingo, 5 de junho de 2011

99- República Tcheca- séc. XX -Leoš Janácek


Leoš Janácek nasceu em 1854 numa região da Checoslováquia conhecida como Morávia e faleceu em Ostrava, no dia 12 de agosto de 1928.

Foi um compositor tcheco que estudou em Brno, Praga, Leipzig, São Petersburgo (1870) e Viena (1879–80), onde foi aluno de Franz Krenn.

Nascido numa família de professores de música, Janácek foi enviado a um monastério aos 11 anos para tornar-se um coralista. O mestre do coro, um compositor morávio importante, mostrou interesse especial pela educação de Janácek . O garoto foi estudar nos conservatórios de Leipzig e Viena e na ilustre Escola de Órgão de Praga. Ele também recebeu um diploma do Instituto Checo de Ensino na cidade de Brno, cidade que se tornaria seu lar.

Como professor em Brno, Janácek conduziu sociedades corais, atuou como diretor de uma escola de órgão local, produziu concertos para o popular Clube Beseda, e fundou uma gazeta musical que comentava eventos operísticos locais.

Ele só começou a escrever sua primeira ópera curta, Sárka, aos 33 anos de idade. A ópera nunca foi encenada e o autor do libreto de Sárka, que intencionava o trabalho a Dvorák, rechaçou a permissão de Janácek para desenvolvê-la. No entanto, foi durante a composição de Sárka que Janácek começou a recolher e estudar canções folclóricas.

Este material incentivou o seu projeto seguinte, Pocatek Romanu (O Princípio de um Romance), uma ópera sobre a vida no campo, baseada em conto de Gabriela Preissová. Janácek desistiu da ópera depois de quatro apresentações, mas logo encontrou um projeto com um assunto muito mais atraente — o drama Jeji pastorkyna (Sua Enteada) de Preissová, que depois tomou o nome de Jenufa.

Janácek trabalhou em Jenufa por aproximadamente dez anos. A composição lhe permitiu o desenvolvimento de seu estilo único: uma fusão da ópera ocidental, música folclórica morávia e napevky (melodias faladas). Uma das explicações para o longo período de gestação da ópera foi a falta de tempo do compositor dividido entre o ensino e a regência, e a atenção à sua filha que estava muito doente. Janácek tinha pouco tempo para compor.

A ópera Jenufa é precedida por "Sárka" e uma outra em um só ato que é "O Princípio de um Romance ", duas obras que não tiveram sucesso. Entre Jenufa e as quatro óperas da maturidade, temos duas outras que não conquistaram a mesma fama universal, que são "Osud"(Destino) e "Výlety Pàne Brouckovy" (As Aventuras do Sr.Broucek), obra fantástica e burlesca. Esta obra foi pouco a pouco conquistando admiração e hoje é reconhecida fora do seu país.

Apesar do sucesso imediato de Jenufa em Brno, a possibilidade de uma apresentação em Praga foi bloqueada pelo hostilidade do regente da casa operática local. Durante o período, Janácek escreveu as duas óperas citadas acima, Osud (Destino) and Vylety Pane Brouckovy (As Excursões do Senhor Broucek). Quando Jenufa foi finalmente estreada em Praga, dez anos depois de sua première em Brno, a carreira operística de Janácek começou a decolar. O compositor tinha 62 anos de idade.

Depois que o nome de Janácek começou a espalhar-se pela Europa, o compositor entrou num período de produção prolífica, criando seus próprios libretos e muitas vezes escolhendo assuntos que muitos considerariam impróprios para uma ópera. Janácek criou alguns dos trabalhos mais intrigantes, inteligentes e originais no repertório. São suas óperas mais conhecidas:

Jenufa, em três atos, com o libreto do próprio compositor, que é baseada na história de Gabriela Preissová, estreou em 1904 em Prochhházka e em 1916 em Praga. É a história de uma enteada, cuja madastra querendo poupá-la de uma difamação, acaba por trazer-lhe a maior desgraça de sua vida, que é a de ter assassinado o seu filho recém-nascido.









Osud (Destino), ópera em três atos com libreto do compositor e de Fedora Bartosová, com a estreia em 1958. É a história de um romance de um homem com uma mulher casada e que quando o marido descobre interrompe o relacionamento. Provavelmente a vida real do compositor mistura-se à obra com o seu relacionamento com Kamila Stosslová.



"Vec Makropulous"(O Caso Makropulous) é a história de uma mulher de 337 anos contando o segredo da imortalidade, que é uma adaptação da peça de Karel Kapec. A ópera se passa em 1565, onde um médico da corte descobre um elixir da longa vida e o imperador ordena que sua filha de 16 anos o tome. Anos mais tarde, seu pai morre , mas ela continua vivendo, prolongando a vida pela poção milagrosa. A cada período de 60 ou 70 anos , ela troca de identidade para não levantar suspeitas, mas conserva suas iniciais E.M. ao longo de mais 300 anos.

"Príhody Lisky Bystrousky"(A Raposinha Astuta) narra a aventura de uma raposa perspicaz. Com libreto do compositor, e com base em histórias de R.Tesnohlídek, estreia em 1924 em Brno. Janácek lera com enorme prazer uma série de artigos do jornalista Tesnohlídek a respeito de uma comunidade rural tcheca, ressaltando a figura de uma raposa meio selvagem, meio domesticada. Ele entusiasmou-se pela facilidade do autor em passar do mundo humano ao animal, e assim lhe propôs um texto para ópera, para grande espanto do jornalista. Esta obra é algo único na história da ópera, pois é uma obra panteista em que os animais e seres humanos convivem com a maior naturalidade.













"Výlety Pàne Brouckovy"(As Aventuras do Sr.Broucek) é uma ópera em duas partes, com o libreto de V. Dyk e F.S. Procházka, que tem sua estreia em Praga em 1920. A história foi extraida de dois romances do poeta Svatopluk Cech de uma série que satiriza um cidadão típico de Praga.


Uma outra ópera é Kátya Kabanová, com tres atos, libreto de Vicenc Cervinka, baseado na peça "A Tempestade" de Ostrovsky e estreou em 1921. Nesta ópera ele contrasta o velho e o novo, o antigo matriarcado eslavo e a nova geração esclarecida e independente.








"Z Mrtvé ho Domu"(Da Casa dos Mortos), adaptada diretamente das memórias de Dostoyevsky, fala da vida do escritor num campo de concentração na Sibéria. O libreto é do compositor com base no romance homônimo de Dostoyevsky, com estreia em 1930. Nesta ópera ele utiliza um sistema de "leitmotivs" tão complexos como os de Wagner.








Alguns dos trabalhos orquestrais mais conhecidos de Janácek também são deste período, incluindo a Missa Glagolítica, Rikadla (Cantigas de Roda) e a Sinfonietta.

Estes anos da vida do compositor foram avivados e inspirados por sua relação com a senhora Kamila Stosslová, uma jovem casada com quem se correspondeu por anos. Suas cartas revelam a intensidade do afeto mútuo, e algumas pessoas acreditam que ela é um dos modelos para várias personagens do forte caráter de Janácek.

A criação operística desse compositor foi culminado pelo en-contro com Kamila Stösslová em Luhacovice, em 1917. Janáček foi inspirado por ela para criar os personagens principais de três de suas óperas como em Katya Kabanová, a megera em "The Cunning Little Vixen" e Marty Emilia em "The Affair Makropulos".Outros obras que foram inspiradas por esta sua paixão incluem "O diário de um Desaparecido", a Missa Glagolítica, sua "Sinfonietta" e o Quarteto de Cordas N º 2.

Janácek morreu aos 73 anos, no cimo de sua fama, depois de completar a "Da Casa dos Mortos".

Janácek admirava mais Dvorák que Smetana, o que se vê comparando o seu prelúdio de Kátya com o de Rusalka. Ele estudou atentamente a música folclórica e recomendava que os compositores de ópera investigasse os ritmos naturais da vida cotidiana, em especial os da fala. Foi um mestre do gênero, só tardiamente reconhecido de fora de sua Morávia natal, mas certamente um dos maiores compositores de ópera do século XX.




“Eu insisto que uma simples nota musical não significa nada ao menos que esteja presa à vida, ao sangue, ao lugar. Se não for assim, é um brinquedo insignificante.” (Janácek)

Levic

quinta-feira, 2 de junho de 2011

98- Inglaterra -séc.XX-A.Lloyd Webber 3



Andrew Lloyd Webber é um dos nomes mais importantes da história da música popular e é considerado também dentro dos moldes eruditos através de várias obras suas.

A partir do final dos anos 60, o compositor britânico tornou-se um dos responsáveis pela modernização dos musicais, incorporando aos mesmos elementos de rock e pop sem deixar de lado sua bagagem erudita.


Whistle Down the Wind (1996)
Letra de Jim Steinman


Baseado no romance de Mary Hayley Bell e no filme de 1960, "Whistle Down the Wind" o musical segue a sorte de um fugitivo preso entre o preconceito dos adultos e a inocência dos jovens.

Andrew Lloyd Webber e Jim Steinman, com a colaboração de Patricia Knop e de Gale Edwards (co-autores do roteiro com Andrew Lloyd Webber) redefinem a história original para Louisiana, em 1959.

"Whistle Down the Wind" gira em torno de uma menina de 15 anos de idade, Swallow, crescendo nos anos cinquenta, descobre um misterioso homem que se escondia em um celeiro. Quando ela pergunta quem ele é, as primeiras palavras que ele profere são "Jesus Cristo". Para a menina é como se todas as suas preces tivessem sido atendidas, pois ela acredita que o homem seja a figura real de Jesus. Swallow e as outras crianças protegem o desconhecido do mundo que o espera lá fora, visto que os habitantes da cidade estão determinados a capturar um fugitivo. Como a fantasia e a realidade colidem na vida de Swallow, ela fica dividida entre as duas realidades: a da sua imaginção e a dos outros.

A música emotiva de Andrew Lloyd Webber combina com as canções de amor muito bonitas e a música de rock explosiva com letra do aclamado compositor Jim Steinman. A harmonia da música contrasta com a influência implacável do mundo moderno, com os valores tradicionais dos velhos tempos, algo que a comunidade de" Whistle Down the Wind" anseia por voltar.








The Beautiful Game (2000)
Letra de Ben Elton


"The Game Beautiful" é um musical sobre um grupo de adolescentes que crescem em meio à intolerância religiosa em Belfast, Irlanda do Norte em 1969.

O espetáculo estreou no Teatro Cambridge, Londres, em 26 de setembro de 2000 e funcionou até 1 de setembro de 2001. Durante seu funcionamento o programa recebeu o prêmio de Crítica de Melhor Musical . O show nunca fez uma transferência para a Broadway.

A história nos conta que, sob o olhar atento do treinador da equipe O'Donnel, os jogadores John e Del mostram bastante promessas de seguir uma carreira como jogador profissional de futebol. São apenas dois adolescentes que sonham em nada mais do que as meninas e o futebol. Quando encontram o amor com suas namoradas Christine e Mary, tornam-se arrastados para os eventos de sua comunidade e, como o tempo passa, cada um tem que decidir se quer ou não seguir seus corações.

O amor é mais forte do que os acontecimentos, mas a realidade traz mortes, prisões, perseguições, vingança, assassinato, deletação e mudança de país. John e Mary são arratados para vários acontecimentos, no meio do seu casamento, nascimento de filho, reconhecimento profissional de John e sua prisão com o grupo IRA.

Quando John é solto, Mary tenta encontrar o homem dentro de John pelo qual ela se apaixonou, mas ele está enterrado muito fundo. John vai para a Inglaterra para trabalhar para o IRA. Ele deixa sua camisa de futebol e uma foto da equipe campeã para seu filho. Mary espera que o ciclo de ódio possa ser parado com Sean, o filho.

Ben Elton conta sua história com humor e compaixão, com letras que são ao mesmo tempo divertidas e comoventes. A música de Andrew Lloyd Webber com baladas combina com o coração, mexendo com os sons da Irlanda. Este musical poderoso e apaixonado é uma alegre celebração da liberdade que o amor pode trazer.







Bombay Dreams (2002)
Música de A.R. Rahman
Letra deDon Black
Produzido por Andrew Lloyd Webber

"Bombay Dreams" é um musical feito para a Bollywood. A música para Bombay Dreams foi criado por AR Rahman, letra de Don Black. O enredo foi escrito por Meera Syal e foi produzido por Andrew Lloyd Webber. A produção de Londres abriu em 2002 e durou exatamente dois anos. O musical também correu na Broadway em 29 de abril de 2004 a 1º de Janeiro de 2005 (284 apresentações) no Teatro Broadway.

O musical se inspira nos filmes e estilo de vida equivalente Índia de LA - o mundo de Bollywood. A história gira em torno de Akaash, um jovem da favela que sonha em se tornar uma grande estrela de Bollywood.

O destino o encaminha para um rico advogado e sua noiva, que é a assistente de direção dos filmes do maior produtor do local e, embora ela já estivesse envolvida com outro homem, ela acidentalmente se apaixona por Akaash. Ela está fazendo um documentário sobre a demolição da favela onde mora Akaash. Akaash rapidamente também se apaixona pela filha do famoso diretor de Bollywood. Com a ajuda de alguns amigos, ele consegue um papel importante para um futuro sucesso de público. As complicações surgem quando Akaash enfrenta a realidade do mundo do espectáculo, da fama, e o seu amor por Priya, e suas obrigações para com sua família, amigos e os seus compromissos sociais com a favela.







The Woman in White (2004)
Letra de David Zippel
Basedo na novela de Wilkie Collins


"The Woman in White", um romance de Wilkie Collins, é um mistério narrado pelo desenhista e artista Walter Hartwright e vários outros personagens no conto. Foi publicado em 1860.

A história começa com a noite de Walter em que vê uma mulher vestida de branco e que ele resgata de um grupo de perseguidores. Walter vai trabalhar a serviço de um senhor Fairlie, egoísta e desagradável, como instrutor de desenho e assim conhece sua sobrinha Laura, que se parece muito com a misteriosa mulher de branco. Walter se apaixona por Laura, mas, naturalmente, há um impasse. Laura ama Walter, mas é comprometida com o Sir Percival Glyde.

O amor e o desmascaramento de vários acontecimentos resultam na explicação do confinamento estranho de Anne Catherick num asilo .

Um conto de amor, traição e ganância, A Mulher de Branco é um musical impressionante, livremente adaptado do thriller sensacional de Wilkie Collins com o mesmo nome.






The Sound of Music (2006)
Musica de Richard Rodgers
Letra de Oscar Hammerstein II
Produzido por Andrew Lloyd Webber

Este musical é conhecido mundialmente e se transformou também em filme de grande sucesso.

Maria é uma jovem austríaca espirituosa, que está estudando para ter seus votos religiosos. Suspeitando que a verdadeira vocação de Maria pode estar em outro lugar, a madre superiora manda-a deixar o convento e tornar-se governanta dos filhos do viúvo autocrático, o barão Von Trapp. Trazendo o calor e a música para a família do reservado ex-capitão da Marinha, Maria logo ganha amor e confiança das crianças e, finalmente, do Barão.





O filme tomou uma tradução de "A Noviça Rebelde".



"The Boys in the Photograph" (2009)
Letra de Ben Elton
Versão revisada leva o nome de "The Beautiful Game"
Já falamos deste musical.


"Phantom: Love Never Dies" (2009)
Letra de Glenn Slater

Os personagens principais de "The Phantom of the Opera" vão continuar suas histórias de amor em "Love Never Dies", o amor nunca morre.

Dez anos após o misterioso desaparecimento de O Fantasma da Ópera de Paris, Christine Daae aceita uma proposta para ir para a América e se apresentar no Coney Island, numa famosa casa de Nova Iorque .

Chegando em Nova York com o marido Raoul e seu filho Gustavo, Christine logo descobre a identidade do empresário anônimo que a atraiu da França para cantar no novo mundo.

Este novíssimo novo show é um passeio de montanha-russa de obsessão e intriga ... em que a música e a memória pode pregar peças crueis ... e O Fantasma estabelece para provar que, de fato, "Love Never Dies".
















E assim chegamos ao fim das obras em estilo ópera-musical de Lloyd Webber. Ele também se dedicou às obras orquestrais.

Levic

quarta-feira, 1 de junho de 2011

97- Inglaterra - Andrew Lloyd Webber 2



Continuando com as obras de Lloyd Webber que podem ser chamadas de óperas-rock, em algumas delas.






Cats (1981)
Letra de Trevor Nunn, baseado em T. S. Eliot

"Cats" já foi traduzida para dez línguas e recebeu mais de 30 prêmios, entre eles 7 prêmios Tony.
A história de "Cats" foi baseada em 14 poemas do livro infantil "Old Possum's Book of Practical Cats, de T. S. Elliot, publicado a primeira vez em 1939, com ilustrações do próprio autor. A inspiração do escritor veio da observação de seus próprios bichanos.

O musical conta a história de uma noite especial na vida dos gatos do grupo Jellicle (palavra que só eles sabem o seu significado). Eles encontram-se no Jellicle Ball, onde seu líder sábio e benevolente, Old Deuteronomy, fará uma escolha e anunciará qual deles irá para um lugar especial chamado "Heavyside Layer", onde poderá renascer para uma nova "vida Jellicle".

O espetáculo conta também a trajetória da triste gata Grizabella,que embora seja uma Jellicle, o resto da tribo a evita, porque ela abandonou os companheiros anos antes para explorar o mundo e, no presente, é maltratada por sua escolha.










Song and Dance (1982)
Letra de Don Black (revisado por Richard Maltby, Jr. para a Broadway)
Combinação de"Variations" (1978) e "Tell Me On A Sunday" (1979)


"Canto e Dança" é um entretenimento musical composto por dois atos, um é o "Song" e o outro é o "Dance", amarrados por uma história de amor.
A primeira parte é "Tell Me On A Sunday", com letra de Don Black e música de Andrew Lloyd Webber, e fala das desventuras românticas de uma jovem mulher britânica na cidade de Nova Iorque e Hollywood.




A segunda parte é um balé coreografado com Variações, composta e produzida em 1978, com seu irmão Julian Lloyd Webber, violoncelista. Este álbum que ele nos oferece é uma interessantíssima releitura das 23 variações sobre o "op.1/24 Caprice em A menor" do virtuoso violinista italiano Niccolò Paganini, ( 1782-1840), obra da fase romântica composta em 1817.

Da composição original de Paganini não há o que dizer, é clássica, mas da adaptação composta por Julian Webber podemos salientar a perspicácia e habilidade em incorporá-la ao rock, pois não era uma mera questão rítmica mas também melódica.


Theme (Paganini Caprice in A Minor No. 24 and Variations

Foi gravada em 1978, e quase ficou incorporada a Cats. (Na seqüência da abertura foi utilizada como música tema de South London Weekend Television's Bank Show).


Starlight Express (1984)
Letra de Richard Stilgoe

"Starlight Express" foi originalmente concebida por Andrew Lloyd Webber em 1973 como uma série televisiva de animação. Em vez disso, evoluiu para um espetáculo sobre patins que caracterizava uma ponte suspensa de 5,5 toneladas de aço e um conjunto gigantesco construído com madeira, e 60 toneladas de aço. Levou 1200 lanternas e luzes de 6000 sobre o muro em volta para criar o efeito de estrela, e os custos de produção ficaram em mais de 2,25 milhões de libras esterlinas quando foi montado em Londres em 1984.






The Phantom of the Opera (1986)
Letra de Charles Hart e Richard Stilgoe
Basedo na novela de Gaston Leroux

"O Fantasma da Ópera" é um espectáculo maravilhoso e poético que irá empurrar o espectador através de todos os sentimentos possíveis, desde o terror, a alegria, para os poços de depressão e e dos sentimentos de surpresa e medo.

"The Phantom of the Opera" tem lugar em Paris no século XIX. Os donos da nova casa de ópera pensam ter assumido um teatro que é assombrada por um fantasma.

O fantasma é um homem chamado Erik, um trabalhador da construção civil que ajudou a construir o corredor. Na realidade, Erik não é um fantasma, mas é alguém que foi gravemente desfigurado, desde o nascimento e usa uma máscara na metade do rosto para esconder seu rosto monstruoso.

Conforme o tempo passa, Erik diz a um dos intérpretes, Christine, que seu pai está morto e que o enviou para treiná-la com aulas de canto. As aulas de impostação de voz tem lugar no camarim de Christine. Isto pode parecer bastante normal, mas Erik está do outro lado da parede e disse para Christine que ele é um espírito. Com os treinos de Erik, a voz de Christine se torna maravilhosa, tornando-se uma cantora fenomenal. Christine assume o papel principal em uma performance.

Quando Christine está realizando o espetáculo numa noite no palco, ela desmaia, e um homem na platéia vem para salvá-la. Este homem é Raoul, que descobre-se que é um amigo de infância de Christine, e começa a se apaixonar por ela. Raoul começa a assistir periodicamente às suas apresentações, e a presenteá-la com flores, e visitá-la muitas vezes.

O ciúme começa a consumir Erik, porque o Fantasma ficou também apaixonado por Christine. Erik não pode aparecer na frente de outras pessoas para ver Christine. Quando ele finalmente aparece em seu camarim, ele faz isso usando uma máscara e leva Christine para dentro das profundas catacumbas do Teatro de Ópera, onde ele fez, em segredo, de sua casa e refúgio.

Christine descobre que o fantasma não tem planos para libertá-la. Christine fica com muito medo e também muito zangada. Erik faz então uma promessa de que ela vai ser solta após permanecer por mais cinco dias com ele. Nesse ponto, ele leva Christine em uma excursão pela sua 'casa', no subsolo, que possui muitas coisas estranhas.

Christine tem desejos de ver o homem por trás da máscara, e se pergunta quem ele realmente poderia ser. Em um dueto incrível, ela puxa a máscara e aparece de surpresa o seu rosto.

Erik se sente traído e com raiva jura que nunca a libertará de seu esconderijo subterrâneo. O Fantasma ama Christine e nada mais quer de que esse amor seja correspondido. Entretanto, Raoul entra em cena e descobre as manobras do fantasma.










Aspects of Love (1989)
Letra de Don Black e Charles Hart
Basedo na novela de David Garnett

"Aspects of Love" é um musical que se tornou famoso pela canção "Love Changes Everything", um enorme sucesso de Michael Ball, que estrelou a produção original em Londres e na Broadway.

Baseado na novela de mesmo nome de David Garnett, a peça centra-se nos relacionamentos amorosos da atriz Rose Vibert, e seus admiradores, o seu fã Alex Dillingham, seu primo menor Jenny, seu tio George, e a amante de George, a escultora Giulietta Trapani, durante um período de 17 anos.

O espetáculo conta uma história que envolve paixão, amor, vida e perdas ao longo de três gerações de uma família e seus companheiros, num fundo de 1940 entre França e Itália.

"Os Aspectos do Amor ", com este título a peça se remete para as muitas formas em que os relacionamentos nos leva a mostrar o amor entre casais, tanto a paixão quanto a forma romântica e como são os afetos das pessoas casadas, o relacionamento com as crianças e seus pais, e ainda existem algumas sugestões de lesbianismo (Giulietta e Rose).

Lloyd Webber, foi apresentado a "Aspects of Love", em 1979, quando ele e Tim Rice foram abordados para escrever algumas canções para uma versão cinematográfica. Quando não deu em nada, ele sugeriu a Trevor Nunn que colaborasse em um estágio de adaptação. Em 1983, eles apresentaram um cabaré de números musicais que haviam escrito, mas foi somente cinco anos depois, que abordou o projeto a sério.







Sunset Boulevard (1993)
Roteiro e letra de Christopher Hampton e Don Black
Basedo no filme de Billy Wilder (1950)

Baseado no filme de Billy Wilder, a versão musical da Sunset Boulevard, com música de Andrew Lloyd Webber e letra de Christopher Hampton e Don Black, teve sua estréia mundial no Adelphi Theatre de Londres em 12 de julho de 1993.

O musical recebeu a sua estréia americana em 9 de dezembro de 1993 no Teatro Shubert, em Los Angeles. A produção LA com os favoritos Glenn Close (Norma Desmond), Alan Campbell (Joe Gillis), Judy Kuhn (Betty Schaefer) e George Hearn (Max von Mayerling), deu ensejo para recriar seus papéis para o show da Broadway em 1994, na abertura no Teatro Minskoff em 17 de novembro de 1994.

Sunset Boulevard tece um conto magnífico de glória desbotada e ambição insatisfeita. Norma Desmond anseia por um retorno à tela grande, tendo sido rejeitada pela cidade europeia. Seu encanto desvaneceu-se num todo, mas sua mente não. Quando ela conhece em Hollywood o roteirista Joe Gillis, em circunstâncias dramáticas, seu relacionamento posterior com ele é de uma mulher completamente apaixonada, que também se vê como a última oportunidade de voltar ao cinema através de sua influência. Mas os acontecimentos levam-na a uma conclusão imprevista e trágica.











Continua no próximo post.

Levic